15/10/2010

Dominique Venner - Masculinidade

por Dominique Venner


Para dizer as coisas numa palavra, o desaparecimento da guerra do horizonte de nossa história conduziu em todas as sociedades europeias ao desaparecimento da masculinidade e à irrupção da feminilidade. Tentemos compreender. Um homem não é legitimado na sua virilidade senão pela sua função de proteção e de provimento. Do mesmo modo, uma mulher é antes de tudo legitimada pela reprodução e perpetuação da vida. Ouço os protestos indignados. E contudo vou agravar o meu caso. Nada mudou desde as primeiras sociedades de clãs caçadores. O homem enquanto arquétipo é sempre o Sr. Cro-Magnon cuja mulher e os filhos esperam que ele traga uma corça para o jantar e que proteja o lar contra os ladrões. Quanto a mulher, ela é sempre a Sra. Cro-Magnon, que se arruma para receber seu homem, dá-lhe belas crianças e mantém viva a chama do lar.

Quando falo do masculino em oposição ao feminino, não penso, contudo, em pessoas particulares entre as quais figuram todas as exceções. Penso em valores e arquétipos. Como escreveu de forma ligeira um psicólogo americano que não havia perdido o juízo (John Gray), os homens e as mulheres vem de planetas diferentes, os homens de Marte, e as mulheres de Vênus.

No cinema, mundo dos arquétipos, o masculino é encarnado por Jean Gabin, Lino Ventura ou Clint Eastwood. Dão-se bem com o conflito e procuram-no. São silenciosos e firmes. São pais autênticos que sabem punir se necessário.