por Fabrizio Manco
(2022)
"A terra não deve morrer, deve viver!... mas há algo insalubre que a está matando: a espécie humana, uma pequena criatura viva. Sua evolução tomou um rumo errado. A espécie humana renascerá para construir uma nova civilização... deve voltar a ser nada para poder renascer para uma nova vida..." [1].
Introdução
Embora eu já tenha escrito muito sobre o tema da Morte e do Renascimento, particularmente no meu texto intitulado A origem e a evolução da vida, Morte e Renascimento entre ciência, filosofia e cinema, ainda acredito que há muito a ser dito sobre esse assunto. Especialmente no mito, na mitologia e no cinema de animação, sem mencionar a grande música clássica, onde o tema da Morte e do Renascimento é onipresente. Morte e Renascimento que, de forma marcante, se relacionam também com outro grande tema que me é caro: a relação entre o Apolíneo e o Dionisíaco, tema que também tratei e identifiquei em alguns dos meus escritos. No meu texto anterior, muitos pontos de conexão não foram abordados e, por isso, com este texto, procurei preencher essa lacuna. Este novo ensaio/estudo analítico busca, portanto, explorar pela segunda vez esse tema, por meio de várias obras e autores, diversos argumentos e tópicos, que mais uma vez formarão um mosaico de situações e conexões entre várias disciplinas e culturas. Em particular, três obras foram de fundamental importância para este ensaio: A Fênix (1954–1988, edições J-Pop), de Osamu Tezuka (1928–1989); O herói de mil faces (primeira edição em 1949, Edições Lindau 2012), de Joseph Campbell (1904–1987); e A última viagem: A consciência no mistério da morte: dos antigos rituais xamânicos à nova cartografia da mente (Edições Feltrinelli), do psicólogo e psiquiatra tcheco Stanislav Grof (1931-…). Além das obras mencionadas, considero também outros textos muito importantes para o tema em questão, como, por exemplo, o livro de Eckhart Tolle, O Poder do Agora: Um guia para a iluminação espiritual (Edições Mylife, 2013). Certas palavras, como Morte, Renascimento, Princípio Primeiro e Devir, foram escritas com a inicial maiúscula para destacar que se tratam de conceitos filosóficos e não de simples palavras. Esclarecido isso, passemos ao desenvolvimento do tema.