31/08/2019

Archie Munro - O Mito do Homossexualismo na Grécia Antiga

por Archie Munro

(2018)



A crença de que a sociedade grega antiga mantinha uma atitude indulgente em relação à homossexualidade – particularmente à pederastia – é amplamente sustentada, tanto dentro como fora de círculos nacionalistas. Greg Johnson, por exemplo, diz:

“A pederastia homossexual, que ainda permanece um tabu em nossa cultura, era amplamente praticada pelos antigos povos arianos do mundo mediterrâneo. Persas, gregos e romanos todos a praticava, incluindo alguns dos homens mais viris na história e na lenda, como Aquiles e Alexandre o Grande”.

“Não há dúvidas de que não apenas o comportamento homossexual era tolerado por antigos povos arianos, como de que ele era considerado normal, e até ideal em alguns casos. Ele é atribuído aos deuses (Zeus e Ganimedes) e elogiado por poetas, filósofos e historiadores. É difícil sustentar atitudes judaicas odiosas em relação à homossexualidade se compreendermos e apreciarmos a grandeza da civilização clássica pagã. [...] Homofóbicos estão nas mãos da Judiaria mesmo sem saber”.

Adonis Georgiades discorda. Ele é o atual vice-presidente do partido grego Nova Democracia e um homem de convicções socialmente conservadoras, ainda que economicamente liberais (por exemplo, ele votou a favor do notório ‘segundo memorando’ no Parlamento Grego). Seu livro de 2004, “Homossexualidade na Grécia Antiga: O Mito está Colapsando”, é uma revisão polêmica da evidência. Para Georgiades, a evidência demonstra que a homossexualidade não era considerada aceitável, muito menos “ideal”, na Grécia antiga. As fontes que ele examina incluem, mas não se limitam às seguintes.

Mitologia grega;
Obras de poetas cômicos atenienses, como Aristófanes;
Ilustrações cerâmicas;
Legislação de Atenas e Esparta como encontradas nas descrições de vários autores antigos dos costumes sexuais espartanos, como Plutarco;
O processo judicial mal sucedido de Timarco e Demóstenes contra Ésquines;
O processo judicial de Ésquines contra Timarco.

Crucialmente, Georgiades também considera a tradução de dois pares de palavras do grego antigo. O primeiro, examinado principalmente à luz das obras de Platão e Xenofonte, é erastes-eromenos. Este par é convencionalmente, mas segundo Georgiades, problematicamente traduzido no inglês como “amantes-amado”. O segundo é a distinção entre os termos pornos (“prostituto”) e hetairos (“acompanhante masculino”). Como o livro demonstra, essa segunda distinção é particularmente relevante para o processo Ésquines vs Timarco mencionado acima. O processo vencido por Ésquines indica que – pelo menos em Atenas – mesmo a conduta homossexual não-remunerada era suficiente para expor o praticante ao risco de perder seus direitos civis. Eu retornarei depois à análise que Georgiades faz das fontes primárias.

Minha impressão geral, como não-especialista, é que as conclusões de Georgiades são sensatas, originais e dignas de serem lidas por um público mais amplo. Talvez o principal problema do livro seja a baixa qualidade da tradução e da revisão. O meu propósito aqui, porém, não é revisar exaustivamente o livro. Ao invés disso, eu vou resumir seus principais argumentos e então tentar iluminar o seu tema mais interessante, ainda que não inteiramente explícito: relações “pederásticas” na Grécia antiga, longe de serem motivadas pelos impulsos sexuais de homens mais velhos por homens mais jovens, eram um aspecto do que Kevin MacDonald poderia chamar de estratégia evolutiva grupal da pólis grega. Os homens da Grécia antiga não viviam em uma névoa freudiana; eles estavam preocupados com a identificação de uma realidade transcendente e com sua aplicação em sua comunidade, em prol do bem comum. Eu explicarei adiante o que quero dizer com isso. Primeiro, porém, eu escrevo um pouco sobre minhas motivações ao escrever esse artigo.

18/08/2019

Manifesto da Nouvelle Résistance

(1991)



“Fazei da causa do povo a causa da nação, e a causa da nação será a causa do povo”. – Lênin

Este texto é dedicado a:

Nanni de Angelis, assassinado pela polícia política italiana
Jacques Arthuys, morto em um campo de concentração alemão.
Nicola Bombacci, assassinado pelas milícias da “resistência” italiana.
Roger Coudroy, caído em combate na Palestina ocupada.
Rudolf Formis, assassinado pela Gestapo.
Manuel Hedilla, condenado a 30 anos de prisão pela Frente Popular Espanhola, condenado à morte pela reação franquista.
Francesco Mangiameli, assassinado pela polícia política italiana.
José Pérez de Cabo, assassinado pela reação franquista.
Haro Schultze-Boysen, condenado à morte e enforcado por ordem da reação hitlerista.
George Valois, morto em um campo de concentração.
Fritz Wolffheim, morto em um campo de concentração.
Francis Parker Yockey, assassinado pelo FBI.

E a todos aqueles que caíram pela causa do povo e da nação.

“Todas as forças revolucionárias dentro de um mesmo Estado estão ligadas invisivelmente, apesar de sua mútua oposição. A ordem é sua inimiga comum”. – Ernst Jünger

“Somos um pequeno grupo compacto, seguimos um caminho íngreme e difícil, segurando com força as mãos uns dos outros. Em todas as partes estamos cercados por inimigos, e temos que caminhar quase sempre sob fogo. Nos unimos em virtude de uma decisão tomada livremente, para combater o inimigo e não sucumbir ao lamaçal vizinho, cujos hóspedes, desde o começo, nos acusarem de ter formado um grupo separado e de termos preferido o caminho da luta ao caminho da reconciliação”. – Lênin

“É impossível justificar o nacionalismo no marco da sociedade capitalista. Hoje não pode haver nacionalismo, ou seja, consciência da continuidade viva da nação, que não seja simultaneamente revolucionário”. – Thierry Maulnier

“Não somos nem de direita, nem de esquerda, mas se precisamos ser situados em termos parlamentares, reiteramos que estamos a meio caminho entre a extrema-esquerda e a extrema-direita, por trás do presidente, de costas para a Assembleia”. – Arnaud Dandieu

“Ser de esquerda ou de direita é escolher uma das inúmeras maneiras que o homem tem de ser um imbecil; ambas são formas de hemiplegia moral”. – José Ortega y Gasset

Introdução

Um projeto nacional-revolucionário para a Europa comporta uma análise global da situação do mundo, que deve constituir a base de nossa estratégia e orientar nossas perspectivas.

Avaliação Internacional

Durante a última década a evolução do mundo se produziu de uma maneira realmente inesperada. O colapso do bloco comunista europeu e a desintegração da URSS, ocasionaram o quase desaparecimento dos países revolucionários do Terceiro Mundo. A Nova Ordem Mundial imposta pelo sistema, protagonizada pelo governo ianque, parece ter triunfado para um longo período e soube esmagar seus poucos adversários legitimando este esmagamento em nome da moral (Panamá, Iraque).

O desaparecimento do bloco comunista europeu não faz senão pressagiar, ao que parece, a generalização de uma economia liberal ou paraliberal (com todas as suas consequências: exploração, pobreza, desemprego, etc.) na totalidade da Eurásia.

O panorama é extremamente escuro, mas não devemos perder a esperança. Em primeiro lugar, a queda do comunismo nos demonstrou que nenhuma situação política, por fossilizada que pareça, é inevitável. Dois fenômenos de idêntica reação ligados à terra e ao sangue (os verdes e os nacionalistas) conservaram – ou reencontraram – no conjunto da Europa (ainda que também em outras partes do globo) o apoio de uma parte importante da população. Isso tem uma grande importância, ainda quando essas reações tem uma tendência a se dirigir a becos sem saída (nacionalismo reacionário ou chauvinista, integrismo religioso, etc.), pois um percentual nada desprezível da população se ocupa de valores próximos aos nossos, podendo assim obstaculizar a dominação do sistema.

Quem somos? Pelo que lutamos?

06/08/2019

François Duprat - Manifesto Nacionalista Revolucionário

por François Duprat

(1978)



Nossa situação política impõe uma revisão drástica de nossos temas e de nossos métodos de ação, mas não basta, dessa vez, nos limitarmos a uma crítica, por mais fácil que seja, das experiências anteriores.

É impressionante constatar que nossas linhas de reflexão estão fundadas exclusivamente na história dos movimentos nacionalistas franceses, apesar de nossas profissões de fé anti-chauvinistas e “europeias”. Nós negligenciamos sistematicamente o aporte, passado mas também presente, de movimentos infinitamente mais importantes que os nossos, sob o pretexto de uma “especificidade nacional”.

É certo que cada país tem uma vocação particular e não podemos impor sobre um lugar os métodos de ação adaptados a outras estruturas. Mas não devemos exagerar essa dificuldade. É a incrível ignorância em relação à História e as atualidades dos chefes nacionalistas franceses que conduziu a esse estado de coisas. 

É, por isso, possível adentrar a escola de outras organizações nacionalistas, fazendo o esforço de adaptação assegurando a interpretação adequada da estratégia e da tática seguidas por estes movimentos.

O programa de ação nacionalista, que é apresentado aqui, é resultado direto dessa tomada de consciência: o nacionalismo revolucionário representa um valor universal que cada povo descobre com suas próprias modalidades, enquanto se apega a um fundo comum.

A nossa tarefa é a de definir esta “Via francesa para a Revolução Nacionalista”, a única possibilidade que existe para a nossa causa lutar pela vitória e não por novas derrotas!