20/04/2012

Porque os solitários podem ser mais sãos e verdadeiros

Por Winston Wu

Há um mito entre o rebanho de que os solitários são pessoas sem habilidades sociais. Mas está é apenas uma desculpa furada para ostracizar outros e tentar colocá-los abaixo de você na hierarquia da granja. A verdade é bem diferente e “fora da caixa”, além do paradigma dos conformistas.

Muitos solitaries são pessoas que descobriram uma vida autêntica, interna e externamente, e preferem [isso] à falsidade e pretenciosidade de “seguir a onda” com outros, em grupos e festas. Quando sê vê a vida mais clara e amplamente, normalmente é melhor estar sozinho do que comprometer a sua verdade se conformando com a falsidade dos outros. Tais solitários descobrem que a “autenticidade interior” é mais preciosa e verdadeira do que o aborrecimento do trato com os outros e a pretenciosidades e mentiras que vêm com isso.

Além disso, aquele que está “desperto”, entenderá que passando muito tempo em volta daqueles que estão “dormindo”, comprometerá o seu “estado de despertar” e os colocará para baixo. Os contrairá ao invés de exmpandí-los, a menos que eles estejam entre pessoas que também estão despertas. Então [quando] despertos, deverão passar mais tempo sozinhos para que mantenham a clareza de seu estado mental/espiritual, para que não sejam puxados para baixo pelos “dormidos”.

Então, solitaries tendem a ser mais autênticos e sãos do que pessoas populares, que têm que treinar para ser bons mentirosos para que se deem bem com o maior número de pessoas. A triste verdade é que as pessoas que falam a verdade o tempo todo, possuem menos amigos. Mas isso é politicamente-incorreto e impopular de se mencionar, porque as pessoas que vão contra as nossas crenças-programadas de que maioria = certo, e autoridade = verdade.  Isso os coloca a parte do rebanho. Esse é o tipo de pessoa que faz história.
Também parecem haver mais solitaries em culturas falsas como nos Estados Unidos e Canadá, mais do que em culturas mais autênticas, como na Rússia, na América Latina, partes da Europa, etc.

Então isso nos implora pela pergunta: A maioria é sã ou insana?

A maioria acredita nas seguintes afirmativas:

1) A maioria das pessoas estão certas, [são] normais, sãs, amigáveis e sociáveis.

2) Pessoas que não se encaixam e que não seguem o rebanho são loucas e estranhas. Elas são o problema e são as responsáveis por quaisquer incompatibilidades com outros.

No entanto, muitos grandes pensadores e intelectuais de profunda visão, de tempos antigos até tempos recentes, parecem ver através desta falácia, e entender que o contrário é verdade. Aqui estão algumas citações deles:

 “O objetivo na vida não é estar do lado da maioria, mas escapar e se encontrar nas fileiras dos insanos.” -  Marco Aurelia, Imperador Romano

 “Não é sinal de saúde estar adaptado a uma sociedade profundamente doente.” - Jiddu Krishnamurti

 “Os homens que o public Americano admira mais extravagantemente, são os mais desafiadores mentirosos; os homens que eles detestam mais violentamente são aqueles que tentam mostra-lhes a verdade.” – H.L. Mencken

 “Mesmo que você seja a minoria de um, a verdade é a verdade.” - Gandhi

 “Insanidade em indíviduos é algo raro – mas em grupos, partidos, nações e épocas, é a regra.” – Friedrich Nietzsche

“Noventa e nove por cento das pessoas no mundo são idiotas, e o resto de nós corre grande perigo de contágio.” – Thornton Wilder

 “Sempre que as pessoas concordam comigo, eu sinto que devo estar errado.” – Oscar Wilde

 “O indivíduo sempre teve de lutar para não ser sobreposto pela tribo. Se você tentar, estará frequentemente sozinho,  e algumas vezes amedrontado. Mas não há preço alto o bastante para pagar pelo privilégio de ser dono de si.” – Friedrich Nietzsche

 “O homem tem sido ensinado que é uma virtude concordar com os outros. Mas o criador é o homem que discorda. O homem tem sido ensinado que é uma virtude nadar com a correnteza. Mas  o criador é o homem que vai contra a correnteza. O homem tem sido ensinado que é uma virtude estar junto [ao grupo]. Mas o criador é o homem que se coloca sozinho.” – Ayn Rand

 “Honestidade é uma palavra tão solitária. Todos são tão falsos...” – Billy Joel, no seu sucesso “Honesty”

 “O homem doente se sente em casa com todos os outros indivíduos similarmente doentes. A totalidade da cultura está engrenada a esse tipo de patologia. O resultado é que o indivíduo mediano não experiencía a separação e o isolamento que a pessoa totalmente esquizofrênica sente. Ele se sente confortável entre aqueles que sofrem da mesma deformação, na verdade, é a pessoa totalmente sã que se sente isolada na sociedade insana – e ele pode sofrer tanto com a incapacidade de se comunicar, que é ele que pode se tornar psicótico.” – Eric Fromm (A Anatomia da Destrutividade Humana)
 (A afirmação acima, de Fromm, talvez explique o porque da maioria não ver as óbvias realidades sociais que eu descrevi)

Esta parabola ilustra a verdade que Fromm descreveu muito bem:


“A parabola do poço envenenado

Houve um rei sábio, que governava uma vasta cidade. Ele era temido por seu poder e amado por sua sabedoria. Agora, no coração da cidade, havia um poço em que as águas eram puras e cristalinas, e do qual o rei e todos os habitantes bebiam. Quando todos dormiam, um inimigo adentrou a cidade e colocou sete gotas de um estranho líquido no poço. E ele falou que a partir de então todos que bebessem da água, se tornariam loucos.

Todas as pessoas bebem a água, mas não o rei. E as pessoas começaram a dizer, “O rei está louco e perdeu a razão. Olhem o quão estranhamente ele se comporta. Não podemos ser governados por um homem louco, ele deve ser deposto.”
O rei ficou começou a temer, porque seus súditos se preparavam para se rebelar contra ele. Então uma noite, ele ordenou que um cálice dourado fosse enchido com a água do poço, e ele bebeu profundamente. No próximo dia, houve um grande júbilo entre o povo, porque o amado rei havia finalmente retomado sua razão.”

Portanto é triste nós vivermos em um mundo de cabeça-para-baixo, como desccreve Michael Ellner nesta profunda afirmativa.

Apenas olhe para nós. Tudo está para trás. Tudo está de cabeça-para-baixo. Médicos destroem a saúde, advogados destroem a justiça, universidades destroem o conhecimento, governos destroem a liberdade, a grande mídia destrói a informação e a religião destrói a espiritualidade.”

O que tudo isso significa é que mesmo que você esteja ciente das realidades sociais, você terá grande dificuldade em se ajustar a panelinhas nos países Anglo/Ocidentais, porque panelinhas e grupos nas culturas ricas, estão cheios de falsidade e conformidade, e tem-se que estar em uma vibração similar com a gangue social para que se tenha ao menos uma chance de se encaixar (além de ter que jogar conforme os complicados joguetes sociais). Isso significa que se você não está em uma “vibração da verdade” e vê as coisas como elas são, você não será compatível com a maioria das panelinhas, então se você conhece a realidade superior, você já é um desajustado. Esta é a triste realidade. Também, pessoas que sempre falam a verdade tendem a ter menos amigos e não se encaixam em grandes grupos.

Então a pergunta que devemos fazer é: Qual é o valor e o preço da verdade, da liberdade e da libertação da mente? E o preço vale?

Apesar de tudo, a maioria das pessoas prefere os benefícios práticos da conformidade, ao invés da verdade e do valor de ser dono de si.