28/02/2011
Aristocracia Natural
27/02/2011
Hernan Perez e a Conquista de Granada
QUEBRAR E NÃO DOBRAR... Este era o lema de Hernán Pérez Del Pulgar, apelidado el de las Hanzañas (das Façanhas, dos Feitos). Este cavaleiro manchego, nascido na Ciudad Real, foi numa noite do ano de 1490 o protagonista de uma façanha que o imortalizaria.
Com quinze cavaleiros e na companhia de seu escudeiro Pedro, atravessou as linhas mouras, burlou seus guardas e penetrou na cidade sitiada de Granada. Sua intenção parecia ser por fogo na mesquita, porem ao não poder incendiar-la cravou sobre a sua porta principal um cartaz, escrito pelo próprio Pulgar; neste pergaminho se podia ler a oração da Ave Maria, e em seguida a frase:
“Sejam testemunhas da conquista de posse que realizo em nome dos reis e do compromisso que adquiro de vir ao resgate da Virgem Maria a quem deixo prisioneira entre os infiéis.”
Após aquela valorosa façanha, foi até a Alcaicería e lhe plantou fogo, saindo ao seu encontro a guarda granadina, à qual derrotou em sua própria cidade apesar do numero maior de inimigos. Posto a salvo, foi alardeada sua proeza e os Reis Católicos carregaram com flamejantes brasões seu escudo de armas. Também ganhou por esse feito o direito de ser sepultado no que seria pouco depois a Sagrada Igreja Catedral de Granada, que veio a ser construída sobre a mesquita que simbolicamente conquistara este cavaleiro.
Ao clarear as primeiras luzes da aurora, no dia 2 de janeiro de 1492, os capitães e soldados do exercito cristão vestidos em toda sua pompa, e chefiados pelo Cardeal Mendoza, foram aproximando-se da cidade de Granada. Penetraram na cidade, nos jardins do palácio da Alhambra, e no mais alto da Torre de La Vela alçaram uma cruz de prata maciça e o estandarte de Castela.
Retumbavam no espaço os tiros dos canhões, soavam os tambores e pífanos, e os gritos de júbilo aclamavam aos grandes e poderosos Reis Católicos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela:
Granada, Granada, pelos Reis Don Fernando e Dona Isabel!
Boabdil, quebrado e não dobrado, fincava os joelhos ante os Reis Católicos e entregava as Chaves da Alhambra a Don Fernando, dizendo-lhe com lagrimas nos olhos:
“Teus somos, rei poderoso e exaltado; estas são, senhor, as chaves desse paraíso!”
E Granada foi devolvida à civilização.
26/02/2011
O Verdadeiro Problema
“Nada aprende das lições do passado recente quem hoje ainda se ilude a propósito das possibilidades de uma luta puramente política e sobre o poder de tal o qual formula ou sistema, se não se parte, antes de tudo, de uma nova qualidade humana... Há que adotar, portanto, uma precisa posição contra o falso “realismo político”, que pensa somente em termos de programas, de problemas, de organização de partidos, de receitas sociais e econômicas. Tudo isto é contingente e não essencial. A medida do que ainda pode ser salvo depende, pelo contrario, da existência ou não de homens que vivam não para pregar formulas e sim para despertar diferentes formas de sensibilidade e interesse. A partir daquilo que, apesar de tudo, sobrevive ainda entre as ruínas, reconstruir lentamente um homem novo, animá-lo graças a um determinado espírito e uma adequada visão da vida, fortificá-lo mediante a adesão férrea a certos princípios. Este é o verdadeiro problema... “
Julius Evola.24/02/2011
A Imprensa e a Liberdade de Pensamento
(..) a palavra imprensa, lançada em grandes tiragens e divulgada através de regiões ilimitadas, transformou-se numa arma sinistra nas mãos de quem soubesse manejá-la. A campanha de imprensa surge como continuação - ou preparo - de uma guerra a ser travada com outros meios. Sua estratégia de combates de vanguarda, manobras fictícias, assaltos de surpresa, ataques em massa, foi, no decorrer do século XIX, aperfeiçoada a tal ponto que uma guerra já pode estar perdida, antes de disparar-se o primeiro tiro, porque a imprensa já a ganhou anteriormente.
Hoje vivemos entregues, sem resistência, à ação dessa artilharia espiritual, de maneira que poucos são os que podem manter a distância interior suficiente para perceberem com toda a clareza a monstruosidade inerente a esse espetáculo. Três semanas de atividade periodística, e toda a gente terá reconhecido a verdade. Seus argumentos serão irrefutáveis, enquanto houver o dinheiro necessário para repetí-lo ininterruptamente. Mas ficarão rebatidos, quando uma potência financeira mais forte apoiar os contra-argumentos e os oferecer com maior frequência aos olhos do mundo inteiro. Também nesse ponto triunfa o dinheiro, pondo a seu serviço os espíritos livres. Não há sátira mais cruel contra a liberdade de pensamento. Outrora, não era lícito pensar livremente; agora temos tal direito, porém somos incapazes de exercê-lo. Pensa-se tão-somente o que se deve querer, precisamente isso se nos afigura hoje em dia como a nossa liberdade.
(Oswald Spengler, ''A Decadência do Ocidente'')
Injustiça da Usura
23/02/2011
Esquerda Burguesa
19/02/2011
Ter força e coragem
18/02/2011
Por uma cidade de dimensão humana
17/02/2011
Uma Concepção Estética da Vida
16/02/2011
A Europa entre os EUA e o Islã
A História é um livro em aberto
15/02/2011
Poema de Los Tercios
Este Ejército que ves
vago al hielo y al calor,
la república mejor
y más política es
del mundo, en que nadie espere
que ser preferido pueda
por la nobleza que hereda,
sino por la que él adquiere;
porque aquí a la sangre excede
el lugar que uno se hace
y sin mirar cómo nace
se mira como procede.
Aquí la necesidad
no es infamia; y si es honrado,
pobre y desnudo un Soldado
tiene mejor cualidad
que el más galán y lucido;
porque aquí a lo que sospecho
no adorna el vestido el pecho
que el pecho adorna al vestido.
Y así, de modestia llenos,
a los más viejos verás
tratando de ser lo más
y de aparentar lo menos.
Aquí la más principal
hazaña es obedecer,
y el modo cómo ha de ser
es ni pedir ni rehusar.
Aquí, en fin, la cortesía,
el buen trato, la verdad,
la firmeza, la lealtad,
el valor, la bizarría,
el crédito, la opinión,
la constancia, la paciencia,
la humildad y la obediencia,
fama, honor y vida son
caudal de pobres Soldados;
que en buena o mala fortuna
la Milicia no es más que una
religión de hombres honrados.
A Ordem de Cavalaria
"A raça da alma…tudo o que é forma do carácter, sensibilidade, inclinação natural, “estilo” de acção e reacção, atitude em face das suas próprias experiências." (Julius Evola, Elementos para uma educação racial)
14/02/2011
Virtudes Masculinas e Femininas
A ideia patriarcal torna os factos biológicos significantes. Note-se que as considerações sobre as naturezas sexuais são de essência em vez de empíricos (…)
Pela obediência às leis da vida
13/02/2011
A Grande e a Pequena Guerra Santa
A Besta Eficiente
12/02/2011
Vergonha
11/02/2011
Cansaço do Homem
09/02/2011
A Autarquia Econômica
No domínio das nações, e não menos no das pessoas, um dos maiores bens é a liberdade, a autonomia. Essa exigência foi afirmada de modo especial por Mussolini ao afirmar: “Sem independência económica, a autonomia da nação fica comprometida. Mesmo o povo de elevadas capacidades militares pode ser vergado pelo bloco económico” (1937). Segundo ele, pois, a nova fase da história italiana devia “ser dominada por este postulado: tão depressa quanto possível, conseguir-se o máximo de autonomia na vida económica da nação” (1936). Falar de “mística da autarquia” (1937) tem de ser levado à conta de um abuso da palavra mística que caracterizou os últimos anos do Fascismo. Entretanto, apoiando-nos na própria origem da palavra, poderia falar-se de ética da autarquia: vem-nos da antiguidade greco-romana, especialmente das escolas estóicas, que professavam a ética da independência e da auto-soberania da pessoa, valor que sempre se jurava seguir quando se tornava necessário o severo princípio de abstine e substine.
O princípio fascista da autarquia pode ser considerado, pois, uma espécie de extensão dessa ética no plano da economia nacional. Se necessário, manter um nível geral de vida relativamente baixo, adoptar a austerity, que, aliás, num contexto diferente, foi praticada aqui e ali por outras nações depois da guerra, mas garantir o máximo de independência, orientação que aprovamos sem hesitar. No caso de uma nação de recursos naturais limitados como a Itália, o regime de autarquia e austeridade inscrevia-se precisamente na direcção justa.
Naturalmente, não é necessário ir muito longe no sentido contrário. A analogia que a todos os níveis nos oferece o comportamento de um homem digno desse nome, serve-nos de guia. Esse homem pode favorecer o desenvolvimento do corpo e o bem-estar físico sem com isso se tornar escravo. Sempre que necessário refreia certos impulsos, mesmo ao preço de sacrifícios, e obriga-os a obedecerem a exigências mais elevadas: é indiferente a esse homem enfrentar tarefas que reclamam tensões especiais. Para tornar possível o que corresponde à própria orientação no plano nacional é que devem estabelecer-se relações justas entre o princípio político do Estado nacional orgânico e o mundo da economia, a parte corporal do Estado.
É bem conhecida a fórmula marxista segundo a qual “a economia é o nosso destino”, assim como a interpretação da história em função da economia relacionada com essa fórmula. No entanto, o determinismo económico é reconhecido igualmente por muitas correntes diferentes do marxismo e até opostas. É oportuno referir que semelhante fórmula é absurda em si mesma mas que, infelizmente, deixa de o ser quando observamos o mundo moderno, em que o homem lhe confere cada vez mais autenticidade. O homo œconomicus puro é uma abstracção, mas, como tantas outras abstracções, pode tornar-se uma realidade pelo processo de atrofia e absolutização de uma parte em relação ao todo: quando o interesse económico predomina, é natural que o homem sucumba às leis económicas e que estas adquiram carácter autónomo até se afirmarem outros interesses ou intervir um poder superior.
Spengler previu uma fase sucessiva a que chamou “política absoluta” e pô-la em relação com o aparecimento desses novos chefes de tipo problemático a que já nos referimos. Todavia, sem esquecer as reservas que avançámos a esse respeito, podemos retirar de uma visão desse tipo a ideia de uma possível mudança de situação sob o impulso de um Estado forte baseado no destacado princípio da autoridade que podia pôr travões ao “gigante desenfreado”, a economia como destino.
Para completar as presentes considerações, podemos relacionar esse fim último com o seu conteúdo e dizer que, do nosso ponto de vista, o essencial seria chegar-se a um equilíbrio, a uma estabilidade, à suspensão do movimento ilimitado. Não se pode exigir isso ao Fascismo, que tinha diante de si a difícil tarefa de reestruturação económica, industrial e social da nação, e isso, abstraindo dos projectos expansionistas ligados a certa aspiração à grandeza, mais que ao splendid isolement autárquico. Nestas condições, era natural uma orientação activa e dinâmica, um impulso para a frente, que chegou a ser enunciado na fórmula “parar é perder”, cujo carácter problemático compreendia a evidente implicação anti-autárquica consistente em aceitar sem medidas defensivas a inserção num processo global de condicionamento.
A questão última, a de um ideal de civilização a escolher de modo definitivo ou a sua adopção como regra geral, não chegou, pois, a ser posta. Seria caso para perguntar até que ponto o Fascismo sentiu a vocação de ir contra a corrente do movimento geral que conduz o mundo moderno para o que se considera progresso, mas a que mais valeria chamar “fuga em frente” (Bernanos), dada a verdadeira significação interna desse mundo.
Não ao Mundo Moderno
08/02/2011
Abel et Caïn
Dieu te sourit complaisamment.
Rampe et meurs misérablement.
Flatte le nez du Séraphin!
Aura-t-il jamais une fin?
Et ton bétail venir à bien;
Hurlent la faim comme un vieux chien.
À ton foyer patriarcal;
Tremble de froid, pauvre chacal!
Ton or fait aussi des petits.
Prends garde à ces grands appétits.
Comme les punaises des bois!
Traîne ta famille aux abois.
Engraissera le sol fumant!
N'est pas faite suffisamment;
Le fer est vaincu par l'épieu!
Et sur la terre jette Dieu!
07/02/2011
A TERCEIRA ROMA
'Para nós o império de Roma é um “eón” , uma constante através dos tempos, como frente a ela Babel é a constante da dispersão dos homens, Roma é a da sua unidade. Carlos Magno, Sacro Império, e a sua maneira Napoleão, são revelações desta constante'.
Eugenio D´ors
“É evidente que no hemisfério do Consumismo a vida é mais tolerável, e não deixa de haver aqui certo ar de liberdade, embora as eleições costumem estar condicionadas pela sedução das massas, que alcançou um perfeição técnica irresistível, e que esta aparência de liberdade falta no hemisfério comunista. Porem não é menos certo que a deterioração humana do Consumismo, ao ser mais prazerosa e insensível, resulta por isso mesmo muito mais letal que a brutal disciplina do Comunismo. Este pelo menos, pode produzir mártires, enquanto que o Consumismo não gera mais que hereges e pervertidos.
HÁ AINDA UMA VANTAGEM NO LESTE que não costumamos a levar em conta, porem que me parece muito importante: o Leste não sofreu a corrupção protestante, com sorte, debaixo da larva marxista, se esconde ainda um cristianismo, embora possa ser cismático, menos contaminado que o do Oeste, corrompido pela Reforma Protestante. Se algum dia essa larva marxista pudera ser eliminada, quiçá seria do Leste de onde haveríamos, outra vez, que esperar a Luz: Ex Oriente Lux! E sobre o quiçá Mito de Moscovia como A TERCEIRA ROMA não sabemos se pulsa ainda uma verdade misteriosa que o futuro nos possa revelar. Porem o futuro somente pertence a Deus, e nós homens não podemos prever-lo sem uma graça especial para isto.
Em definitiva, pode haver uma guerra mundial ou pode esta não ser necessária, porem, em todo caso, essa NOVA ORDEM somente pode vir pela “violência de Deus”, a theou bía que diziam os gregos... As vitorias implicam sempre violências: PARA UMA NOVA ORDEM, UMA NOVA VIOLENCIA.”.
“La Violencia y el Orden”. Tratado de Teología Política, 1986. Álvaro D’Ors