por Tony Cartalucci
Auto-Suficiência: Uma Solução Universal para o Problema Globalista
Introdução
Quando se pensa em "soluções" muitos são rápidos em falar em organizar um protesto e ir às ruas. Consideremos por um momento a mecânica de um protesto, o que ele pode conseguir, e o que pode deixar a desejar.
Peguemos o evento ineficaz e hipócrita de Glenn Beck em 2010 Restaurando a Honra em Washington D.C. Ele atraiu milhares de pessoas honestas e bem intencionadas de todo os EUA. De fato, milhares de pessoas encheram seus carros fabricados por corporações da Fortune 500 com gasolina de corporações da Fortune 500, dirigiram incontáveis milhas, parando ao longo do caminho em restaurantes de fast food da Fortune 500, se hospedaram em hotéis controlados por corporações da Fortune 500, e compraram suprimentos no Wal-Mart. Eles mataram a sede causada pelo sol quente de agosto com latas de Coca-Cola e Pepsi, e ao final do dia, eles foram para casa, pagaram por suas assinaturas de TV a cabo da Fortune 500 para assistir seus programas de notícia da Fortune 500, muito provavelmente na Fox News, um membro do Conselho de Relações Exteriores.
Na melhor das hipóteses, tudo a que um protesto pode levar, enquanto estivermos tão dependentes desse sistema, é a uma troca de cadeiras na arena política, com talvez algumas concessões superficiais para a população. A soma vetorial, porém, continuará decididamente favorável à oligarquia financeiro-corporativa global.
Se entendermos que o problema fundamental encarando não apenas a América, mas todo o mundo, é uma oligarquia financeiro-corporativa global que consolidou criminosamente sua riqueza pela "liberalização" de suas atividades enquanto estrangulava as nossas através de regulamentações, taxas, e leis, nós então entenderíamos por que eventos como o de Beck não somente são infrutíferos, como são na verdade, contraprodutivos. Nós também deveríamos perceber que qualquer atividades a qual nós nos dediquemos deve ser dirigida contra essa oligarquia financeiro-corporativa ao invés de contra os governos que eles cooptaram e posicionaram como escudos entre si e as massas.
Enquanto há pessoas que entendem que algo está errado e reconhecem a necessidade de fazer "alguma coisa", descobrir o que seria isso acaba se tornando incrivelmente difícil quando tão poucos compreender como o poder realmente funciona e como retirá-lo dos oligarquias que criminosamente consolidaram-se nele.
Compreendendo a Globalização
Ultimamente, a expansão desse império global oligárquico tem assumido uma forma mais extrema, talvez mais desesperada, envolvendo revoluções ensaiadas como as vistas no Egito e na Tunísia, e no caso da Líbia, rebelião armada e o espectro de intervenção militar estrangeira. Porém, golpes de estado globalistas já ocorreram antes - por exemplo, no final da década de 90 sob o disfarce de "colapsos financeiros" e "reestruturação" pelo FMI.
Muitas nações ficaram endividadas com o FMI e seu regimento de "reformas" que se resumiam a neocolonialismo embrulhado com o eufemismo de "liberalização econômica". Para ilustrar como isso funciona, pode ser útil compreender com o que o colonialismo real se parece.
A Tailândia no século XIX, então o Reino de Sião, estava cercada por todos os lados por nações colonizadas e por sua vez foi forçada a conceder aos britânicos o Tratado de Bowring de 1855. Veja como muitas dessas concessões impostas por "políticas de canhoneira" se parecem com a "liberalização econômica" contemporânea.
1. Sião concedia extraterritorialidade aos cidadãos britânicos.
2. Os britânicos poderiam fazer comércio livremente em todos os portos e residir permanentemente em Bangkok.
3. Os britânicos poderiam comprar e alugar propriedade em Bangkok.
4. Os cidadãos britânicos poderiam viajar livremente pelo interior com passes fornecidos pelo cônsul.
5. Taxas de importação e exportação estavam limitadas a 3%, exceto por ópio e barras de metais preciosos que estavam isentos.
6. Comerciantes britânicos poderiam comprar e vender diretamente com siameses individuais.
Um exemplo mais contemporâneo para comparação seria a conquista militar do Iraque e as reformas econômicas de Paul Bremer (membro do Conselho de Relações Exteriores). O The Economist alegremente enumera a "liberalização econômica" neocolonial do Iraque em um artigo entitulado "Vamos todos para o brechó: Se tudo der certo, o Iraque sera um sonho capitalista":
1. 100% de propriedade sobre os ativos iraquianos.
2. Repatriação completa dos lucros.
3. Status igual frente as firmas locais.
4. Permissão para que bancos estrangeiros operem ou comprem em bancos locais.
5. Impostos de renda e corporativa limitados a no máximo 15%.
5. Tarifas universais a no máximo 5%.
Poucos poderiam argumentar que os regimentos de reabilitação do FMI sendo impostos em nações por todo o mundo após a crise financeira da década de 90 são qualquer coisa de diferente do colonialismo econômico, passado e presente. Na verdade, o próprio FMI publica relatórios constantes sobre a "necessidade" da liberalização econômica.
Certamente, os governos que subirão ao poder após as atuais desestabilizações no Oriente Médio serão mais servis e indubitavelmente passarão por liberalizações econômicas similares. Kenneth Pollack do Instituto Brookings já deixou bem claro que "A luta no novo Oriente Médio deve ser definidas como uma entre nações que estão se movendo na direção certa e nações que não estão; entre aqueles que estão abraçando a liberalização econômica, a reforma educacional, a democracia, e o Estado de Direito e as liberdades civis, e aqueles que não estão".
O Sião eventualmente se livrou dos termos do Tratado de Bowring conforme o Império Britânico foi enfraquecendo, mas em 1997, a Tailândia foi novamente confrontada por termos similares, ditados dessa vez pelos banqueiros do FMI.
A Resposta da Tailândia à Globalização
A resposta da Tailândia ao FMI, e à globalização em geral foi profunda tanto em implicações como em sua compreensão do jogo da globalização. Fortemente independente e nacionalista, e tendo sido a única nação do Sudeste Asiático a evitar a colonização, a soberania tailandesa tem sido protegida há mais de 800 anos por sua monarquia. A atual dinastia, a Casa de Chakri, tem reinado por quase tanto tempo quanto a América tem existido como nação e o atual rei é considerado como o equivalnte de um "Pai Fundador" vivo. E exatamente como tem sido há 800 anos, a monarquia tailandesa hoje fornece a resposta mais provocadora e significativa às ameaças que encaram o Reino.
A resposta certamente é auto-suficiência. Auto-suficiênca como nação, como província, como comunidade, e como família. Esse conceito está cristalizado na Nova Teoria do Rei da Tailândia ou "Economia de Auto-Suficiência" e reflete esforços similares encontrados pelo mundo para romper com a opressão e exploração que resulta da dependência do sistema globalista.
A base dessa economia de auto-suficiência é simplesmente plantar seu próprio jardim e garantir para si mesmo sua própria comida. Isso é retratado no verso de cada nota de 1.000 baht como uma figura de uma mulher cuidando de seu jardim. O próximo passo é produzir um excedendo que possa ser trocado por capital, que por sua vez poderá ser usado para comprar tecnologia para melhorar ainda mais sua habilidade de sustentar a si mesmo e melhorar seu estilo de vida.
A Nova Teoria objetiva preservar os valores agrários tradicionais nas mãos do povo. Ele também objetiva impedir uma migração do campo para as cidades. Impedir tais migrações impediria que grandes cartéis agrários ocupassem seu lugar, engolindo terras agrícolas, corrompendo e até mesmo estragando os suprimentos alimentares nacionais (ver Monsanto). Aqueles familiares com a Agenda 21 da ONU, com o recente "Programa de Mudanças Climáticas", e com o jogo globalista podem compreender as implicações e perigos mais profundos de tal migração e porque ela precisa ser detida.
Ao se mudarem para a cidade, a população abandona a propriedade privada, deixa de se engajar em ocupações produtivas, e acaba capturada pelo paradigma consumista. Dentro de tal paradigma, problemas como superpopulação, poluição, criminalidade, e crises econômicas só podem ser trabalhadas por um governo centralizado e normalmente fomentam soluções políticas como cotas, impostos, microadministração, e regulamentações ao invés de soluções técnicas significativas.
Ademais, tais problemas inevitavelmente levam a uma ampliação do poder do governo centralizado, sempre às custas da população e de sua liberdade. Os efeitos de uma catástrofe econômica são também maiores em uma sociedade centralizada e interdependente, na qual todo mundo está sujeito à saúde geral da economia até mesmo para necessidades simples como comida, água, e eletricidade.
Em conformidade com a "Nova Teoria", estações de demonstração foram criadas por toda a Tailândia promovendo a educação em questões de agricultura e vida auto-suficiente. O programa está competindo contra o sistema globalista contemporâneo, o qual agora, está atolado em muitas partes do mundo em crise econômica. A natureza relativamente auto-suficiente dos tailandeses em geral tem resistido a esse caos econômico muito bem. Em dez anos, um prato de comida ainda custa o mesmo, bem como muitas outras commodities. Isso apenas vindica ainda mais o valor da auto-suficiência e agora mais do que nunca, tanto na Tailândia como no resto do mundo, é um bom momento para se envolver e se tornar auto-suficiente.
Preocupação Globalista Reacionária
Certamente o Chefe-de-Estado de uma nação de quase 70 milhões de habitantes promovendo um estilo de vida que corta as pernas da agenda globalista não cai bem com o sistema oligárquico. Sua resposta a isso, como tem sido com todas as habituais demonstrações de resistência da Tailândia é algo a se notar.
Talvez o principal crítico globalista da Tailândia seja o The Economist. Ele abertamente critica a economia de auto-suficiência do Rei em um artigo chamado "Reclassificando a Thaksinomia". Ele afirma que o plano econômico é "um recuo parcial em relação à posição econômica liberal da Tailândia". O The Economist nubla o debate ao deixar de lado os aspectos auto-suficientes da "economia de auto-suficiência". Ele afirma que as esmolas socialistas sob o Primeiro-Ministro deposto e notório lacaio globalista Thaksin Shinawatra de algum modo alcançavam os mesmos objetivos. O The Economist também afirma que o conceito de auto-suficiente é meramente uma "reclassificação" dessas esmolas socialistas.
O artigo do The Economist então decai em uma arenga pro-Thaksin, vituperando sua derrubada do poder e continuando a afirmar que de algum modo encorajar as pessoas a plantar sua própria comida é um roubo das políticas socialistas de Thaksin.
Deve-se notar que socialismo não é auto-suficiência. É total dependência do Estado e das pessoas que pagam impostos cada vez maiores. Socialismo não é sobre plantar seu próprio jardim, usando tecnologia para ampliar sua independência ou resolver seus problemas com seus próprios recursos. É sobre pegar comida nos armazéns coletivos do Estado, e quanto você sentir fome de novo, pegar novamente. O socialismo somente poderia ser útil como medida intermediária entre os problemas atuais e a busca ativa por soluções técnicas. Porém, o objetivo da globalização é criar interdependência entre os Estados, e total dependência nas instituições globais, portanto, perpetuando problemas, e não resolvê-los se torna a equação.
Outro ponto de vista globalista vem do blog "New Mandala" escrito pelo acadêmico da Universidade Nacional da Austrália Andrew Walker. O blog em si é uma central de informações para tópicos globalistas relativos ao Sudeste Asiático. Entre os escritores está até o principal lobbyista de Thaksin Shinawatra, Robert Amsterdam.
Toda a percepção de Walker em relação a Tailândia parece derivar de seu tempo passado em uma única vila no norte da Tailândia. A partir de seu ponto de vista míope na minúscula vila de "Baan Tian", ele condena completamente a economia de auto-suficiência da Tailândia em seu artigo "Falsa representação monárquica das vidas rurais". Ele sugere que a "as prescrições da economia de auto-suficiência para o desenvolvimento rural são inapropriadas e enfraquecedoras".
Assim como no The Economist, o artigo decai em uma arenga pro-Thaksin afirmando que todo o objetivo do plano é manter a população rural da Tailândia em seu lugar, fora das cidades, e assim fora do debate das questões nacionais.
É claro, se tornar autossuficiente é um passo no caminho de um fortalecimento real. Acadêmicos como Andrew Walker presumem que o ápice do fortalecimento é colocar um pedaço de papel em uma caixa nas eleições, no caminho de volta para casa saindo de um trabalho na área de serviços, e então relaxar sob o brilho de uma nova TV de plasma comprada a crédito. Um argumento mais provável seria o de que sustentar sua própria existência, conquistada a partir da terra sob seus pés, e a habilidade de moldar o mundo ao seu redor com um entendimento da ciência e o domínio sobre múltiplos ofícios é o ápice do fortalecimento e a forma mais autêntica de liberdade humana.
O desconforto implícito nos escritos do The Economist e de Andrew Walker não é a extensão completa da reação globalista à Tailândia e seu afastamento do domínio globalista. Toda uma revolução colorida "vermelha" tem sido fomentada dentro do Reino desde pelo menos 2009. Lendo o "Manifesto do Sião Vermelho" escrito pelo intelectual "camisa-vermelha" Giles Ungpakorn deixa bem claro como eles enxergam a "auto-suficiência" e a necessidade de "reformar" a Tailândia como um welfare state socialista.
O infantil e verborrágico manifesto de Ungpakorn pode ser encontrado aqui. Uma seleção completa da propaganda dos "camisas-vermelhas" usada na Tailândia pode ser encontrada aqui.
Deve-se notar que o líder dos protestos dos "camisas-vermelhas" é o ex-Primeiro Ministro deposto Thaksin Shinawatra, um ex-conselheiro do Grupo Carlyle que estava literalmente de pé na frente do Conselho de Relações Exteriores em Nova Iorque na manhã de sua derrubada do poder em 2006. Desde 2006, ele tem sido representado por seu amigo do grupo Carlyle James Baker e seu escritório de advocacia Baker Botts, por Kenneth Adelman do Grupo de Crises Internacionais e sua firma de relações públicas Edelman, por Robert Blackwill conselheiro do Centro Belfer da firma Barbour Griffith & Rogers, e agora por Robert Amsterdam do escritório Amsterdam & Peroff, um importante membro corporativo da globalista Chatham House.
Dizer que Thaksin Shinawatra e seus "camisas-vermelhas" possuem financiamento estrangeiro seria uma narrativa profundamente incompleta.
O partido político de Thaksin mantém as massas de "camisas-vermelhas" que por sua vez são apoiados por diversas ONGs incluindo a Prachatai, fundada pelo Fundo Nacional para a Democracia, uma "organização independente de mídia" que coordena os esforços de propaganda dos "camisas-vermelhas". A Prachatai foi recentemente nomeada para o Deutsche Welle Blog Awards, pela Freedom House infestada de neocons, na qual Kenneth Adelman senta como membro da diretoria.
Os globalistas sabem o que já está acontecendo e eles estão reagindo enquanto a maior parte da humanidade ainda dorme na ignorância e na apatia. A Tailândia é apenas uma nação de muitas, no Cordão de Pérolas chinês que estão marcadas para desestabilização e "liberação" patrocinadas pelo Departamento de Estado americano. A chava para deter os globalistas é retomar deles os mecanismos de civilização - e nós já estamos fazendo isso em termos de mídia alternativa. Tal sucesso é necessário em todos os aspectos de nossa vida, e como o Rei da Tailândia sugere, ele pode começar com algo tão simples como plantar seu próprio jardim.
Hoje e o Futuro
É claro que na Tailândia a auto-suficiência agrícola está associada com tecnologia para aperfeiçoar a eficiência e melhorar a qualidade de vida. Mesmo na cidade, pequenos negócios independentes estão adotando as tecnologias mais recentes para melhorar sua produção, aumentar seus lucros, e até mesmo superar grandes corporações na competição. Maquinaria controlada por computadores podem ser encontadas em pequenas oficinas entulhadas em velhos sobrados, máquinas de costuras automáticas permitem que uma única mulher costure nomes em uniformes escolares novos - ao invés de ambos negócios enviar encomendas a fábricas possuídas por um punhado de ricos investidores. Uma enormidade de exemplos podem ser vistos em uma caminhada por qualquer quadra na capital tailandesa de Bangkok.
Levar esse tipo de tecnologia à população rural, até mesmo permitindo que as pessoas criem sua própria tecnologia ao invés de apenas utilizá-la, não é simplesmente ficção científica mas uma realidade atual. O professor do MIT Dr. Neil Gershenfeld desenvolveu o "laboratório de fabricação" ou "Fab Lab". O Fab Lab é uma microfábrica que pode "fazer quase qualquer coisa". Seu Fab Lab tem sido copiado por todo o mundo no que ele tem chamado de uma revolução na fabricação pessoal. Ele busca transformar um mundo de consumidores dependentes em designers e produtores independentes.
O Dr. Gershenfeld em suas próprias palavras articula o problema de encontrar apoio entre instituições e governos, afirmando que os indivíduos ficam muito entusiasmados com essa revolução, "mas ela rompe com seus limites organizacionais. Na verdade é ilegal para eles, em muitos casos, ocupar pessoas comuns para criar ao invés de consumir tecnologia".
Isso realmente não apenas resume o dilema do Dr. Gershenfeld, mas descreve nos mínimos detalhes a mentalidade dos oligarcas e o medo que eles tem de dar mais poder ao povo, um medo refletido nos "limites organizacionais" de suas corporações e instituições governamentais. Essa é uma característica da oligarquia descrita tão cedo quanto 300 a.C. na Grécia Antiga na "Constitução de Atenas". Nela, um personagem referido como "o Velho Oligarca" descreve seu desprezo pela mobilidade social que a tecnologia da marinha ateniense permite aos escalões mais baixos da sociedade ateniense.
O Dr. Gershenfeld prossegue resumindo o verdadeiro potencial de seus Fab Labs afirmando, "as outras 5 bilhões de pessoas no planeta não são apenas 'pias' técnicas, elas também são 'fontes'. A oportunidade real é canalizar o poder inventivo do mundo para desenhar localmente e produzir soluções para problemas locais". O Dr. Gershenfeld conclui concedendo que ele achava que tal possibilidade só chegaria em uns 20 anos, mas " que é lá que estamos hoje", notando o sucesso que seus Fab Labs já estão tendo ao redor do mundo.
A mensagem do Dr. Gershenfeld ressoa com a atual cultura tailandesa e com as ambições da "Economia de Auto-Suficiência". De muitas maneiras, a colcha de retalhos tailandesa de microempresas, já ultrapassando com sucesso a produção centralizada de alto capital, vindica a obra e o otimismo do Dr. Gershenfeld. Ela também, porém, ressoa fortemente com as tradições de autoconfiança que tornaram a América grande. A possibilidade técnica para que isso modifique o mundo já é uma realidade, mas o próprio Dr. Gershenfeld concede que o maior obstáculo é superar a engenharia social - em outras palavras - gerar uma mudança de paradigma nas mentes da população para alcançar a mudança de paradigma técnico que já está ocorrendo.
A auto-suficiência e a canalização de tecnologia nas mãos do povo são os maiores medos da oligarquia global - medos que os oligarcas ao longo dos séculos sempre tem tido. Simplesmente boicotar as corporações globalistas e substituí-las por soluções locais é algo que todo mundo é capaz de começar a fazer hoje. E simplesmente prestar atenção no "Fab Lab" do Dr. Neil Gershenfeld, difundir informação sobre a revolução da fabricação pessoal, e até participar das menores maneiras pode ajudar a superar o obstáculo da engenharia social e fomentar uma profunda mudança de paradigma. Nós começamos a retomar a mídia, agora é a hora de retomar os outros níveis de poder. Agora é a hora de reconhecer que a verdadeira liberdade é a auto-suficiência como nação, como comunidade, e como família, e começar a vivê-la todos os dias.