“Desde 1779, as guerras na Europa são de Igualdade – isto é, para suprimir (ou atenuar e diminuir) as diferenças muito acentuadas entre classe e classe, entre nação e nação.
Igualdade entre as altas classes e a burguesia; agora, entre a burguesia e o proletariado. Alguns países já estavam, há muito, divididos e fracos; quiseram, também eles, tornar-se unos e prósperos (Grécia, Itália, Alemanha, Romênia, Sérvia, etc.). Agora essas nações mais pobres desejariam, também, domínios e colônias e maior bem-estar: a luta para a igualdade passou do plano social interno para o plano imperial externo.
Se essas guerras para a igualdade de classes e países conseguirem obter os efeitos almejados, dentro de alguns séculos teremos o nivelamento universal dos povos. Todos os continentes reunidos em um único império, todas as classes reduzidas a uma única classe (todos iguais e todos pobres). Chegaremos também à língua única, à cultura única, ao conformismo forçado de todas as civilizações: segundo os pintores, de todas as cores misturadas resulta um cinza sujo”.
Igualdade entre as altas classes e a burguesia; agora, entre a burguesia e o proletariado. Alguns países já estavam, há muito, divididos e fracos; quiseram, também eles, tornar-se unos e prósperos (Grécia, Itália, Alemanha, Romênia, Sérvia, etc.). Agora essas nações mais pobres desejariam, também, domínios e colônias e maior bem-estar: a luta para a igualdade passou do plano social interno para o plano imperial externo.
Se essas guerras para a igualdade de classes e países conseguirem obter os efeitos almejados, dentro de alguns séculos teremos o nivelamento universal dos povos. Todos os continentes reunidos em um único império, todas as classes reduzidas a uma única classe (todos iguais e todos pobres). Chegaremos também à língua única, à cultura única, ao conformismo forçado de todas as civilizações: segundo os pintores, de todas as cores misturadas resulta um cinza sujo”.
Giovanni Papini – Diário – 12 de Dezembro de 1943