O Exército Romano
A expansão do povo romano foi lenta e morosa: desde o século V a.C. até ao século II d.C. altura em que o Império Romano atingiu o seu apogeu.
As unidades que formavam o exército romano chamavam-se legião. No princípio as legiões eram formadas apenas por cidadãos romanos a cumprir o serviço militar. Com a alargamento das conquistas as guerras passam a ser demoradas e o campo de batalha muito afastado de Roma. Torna-se então necessário recrutar homens nos quatro cantos do império. Um grande número destes homens eram voluntários que passavam assim a soldados profissionais e apesar de não serem cidadãos romanos passavam a sê-lo, por direito, quando, no fim da carreira, deixavam o exército. A carreira militar oferecia muitas regalias: o legionário era totalmente sustentado, alimentado e alojado durante o tempo de serviço, recebia um salário relativamente elevado para além dos prémios. Terminado o tempo de serviço recebia uma reforma e um pedaço de terra. Os veteranos eram sempre homens respeitados na sociedade. Graças a tantos privilégios Roma não tinha dificuldade em arranjar homens voluntários para a sua legião. Mas seria apenas isto o que motivava estes homens? Não seria também a guerra e a conquista uma forma de romper com a rotina da vida, que, através de duras provas, lhes oferecia a ocasião de descobrir o “herói” que existe em cada um e a descoberta de um conhecimento da vida em função da morte?
Todo o romano acreditava que Roma e o seu império se deviam a forças divinas, a religião estava presente em todos os actos da vida e por consequência abarcava também a experiência guerreira. Talvez só assim se compreenda como um tão grande número de homens, sem necessidade de “terra” ou “pátria” fossem arrastados cada vez mais longe, de conquista em conquista, de país em país. Nenhuma batalha se deveria realizar sem que os signos místicos tivessem indicado o momento oportuno. A essência da arte augural (adivinhação) praticada pelo patriciado romano não era descobrir o “destino”, mas pelo contrário, descobrir antecipadamente os pontos de conjugação com influências invisíveis, para concentrar as forças dos homens e as tornar mais poderosas com o fim de ultrapassar todos os obstáculos. O romano atribuía a vitória dos seus “dirigentes” mais a uma força transcendente, que se manifestava através deles no seu heroísmo, do que às suas qualidades simplesmente humanas. Os romanos acreditavam em génios, espíritos unificadores que ligavam grupos de povo conjuntamente; o grupo podia ser uma mera família, uma legião ou uma nação. Nas legiões estes espíritos eram personificados quase naturalmente nos estandartes. Foi por esta razão que os estandartes eram tão reverenciados e que era uma grande desgraça perder um estandarte em batalha.
Todo o soldado voluntário era submetido a um exame médico que garantia a sua robustez. Era duramente treinado para a marcha e o combate. O novo recruta era ensinado a marchar; durante os seus anos de serviço podia marchar cerca de 30 km por estrada três vezes por mês. Era ensinado como construir um acampamento e era exercitado duas vezes por dia (o legionário pronto tinha de fazer exercícios uma vez por dia). Era-lhe dado um treino geral de arremesso de pedras com a funda, natação e de montar. Contudo o seu principal treino era no uso das armas. Do seu equipamento faziam parte: A lorica (couraça de couro espesso, reforçada por uma chapa de metal no peito) ou, no caso dos oficiais, uma cota de malha metálica, o elmo que protege o crânio a nuca e as orelhas (enfeitado com um penacho de cor), o escudo e as armas de ataque (espada, gládio de dois gumes e o pilum ). Os legionários combatiam a pé.
A Organização do Exército
Recrutado e equipado, um novo legionário integrava uma unidade de legião. Os soldados dividiam-se em três grupos:
- Hastati (os mais jovens e vigorosos que combatiam na 1ª linha);
- Principais (combatiam na 2ª linha);
- Triari (soldados veteranos que só intervinham se a batalha corria mal).
Numa legião existiam ainda os cavaleiros.
A disciplina era rigorosa nas legiões. Cada soldado prestava ao general – chefe juramento solene de obediência e coragem, o juramento era renovado em cada dia do Ano Novo. Todas as faltas eram consideradas traições ao juramento.
Um dos seus lemas era – “A fidelidade é mais forte que o fogo”.
A expansão do povo romano foi lenta e morosa: desde o século V a.C. até ao século II d.C. altura em que o Império Romano atingiu o seu apogeu.
As unidades que formavam o exército romano chamavam-se legião. No princípio as legiões eram formadas apenas por cidadãos romanos a cumprir o serviço militar. Com a alargamento das conquistas as guerras passam a ser demoradas e o campo de batalha muito afastado de Roma. Torna-se então necessário recrutar homens nos quatro cantos do império. Um grande número destes homens eram voluntários que passavam assim a soldados profissionais e apesar de não serem cidadãos romanos passavam a sê-lo, por direito, quando, no fim da carreira, deixavam o exército. A carreira militar oferecia muitas regalias: o legionário era totalmente sustentado, alimentado e alojado durante o tempo de serviço, recebia um salário relativamente elevado para além dos prémios. Terminado o tempo de serviço recebia uma reforma e um pedaço de terra. Os veteranos eram sempre homens respeitados na sociedade. Graças a tantos privilégios Roma não tinha dificuldade em arranjar homens voluntários para a sua legião. Mas seria apenas isto o que motivava estes homens? Não seria também a guerra e a conquista uma forma de romper com a rotina da vida, que, através de duras provas, lhes oferecia a ocasião de descobrir o “herói” que existe em cada um e a descoberta de um conhecimento da vida em função da morte?
Todo o romano acreditava que Roma e o seu império se deviam a forças divinas, a religião estava presente em todos os actos da vida e por consequência abarcava também a experiência guerreira. Talvez só assim se compreenda como um tão grande número de homens, sem necessidade de “terra” ou “pátria” fossem arrastados cada vez mais longe, de conquista em conquista, de país em país. Nenhuma batalha se deveria realizar sem que os signos místicos tivessem indicado o momento oportuno. A essência da arte augural (adivinhação) praticada pelo patriciado romano não era descobrir o “destino”, mas pelo contrário, descobrir antecipadamente os pontos de conjugação com influências invisíveis, para concentrar as forças dos homens e as tornar mais poderosas com o fim de ultrapassar todos os obstáculos. O romano atribuía a vitória dos seus “dirigentes” mais a uma força transcendente, que se manifestava através deles no seu heroísmo, do que às suas qualidades simplesmente humanas. Os romanos acreditavam em génios, espíritos unificadores que ligavam grupos de povo conjuntamente; o grupo podia ser uma mera família, uma legião ou uma nação. Nas legiões estes espíritos eram personificados quase naturalmente nos estandartes. Foi por esta razão que os estandartes eram tão reverenciados e que era uma grande desgraça perder um estandarte em batalha.
Todo o soldado voluntário era submetido a um exame médico que garantia a sua robustez. Era duramente treinado para a marcha e o combate. O novo recruta era ensinado a marchar; durante os seus anos de serviço podia marchar cerca de 30 km por estrada três vezes por mês. Era ensinado como construir um acampamento e era exercitado duas vezes por dia (o legionário pronto tinha de fazer exercícios uma vez por dia). Era-lhe dado um treino geral de arremesso de pedras com a funda, natação e de montar. Contudo o seu principal treino era no uso das armas. Do seu equipamento faziam parte: A lorica (couraça de couro espesso, reforçada por uma chapa de metal no peito) ou, no caso dos oficiais, uma cota de malha metálica, o elmo que protege o crânio a nuca e as orelhas (enfeitado com um penacho de cor), o escudo e as armas de ataque (espada, gládio de dois gumes e o pilum ). Os legionários combatiam a pé.
A Organização do Exército
Recrutado e equipado, um novo legionário integrava uma unidade de legião. Os soldados dividiam-se em três grupos:
- Hastati (os mais jovens e vigorosos que combatiam na 1ª linha);
- Principais (combatiam na 2ª linha);
- Triari (soldados veteranos que só intervinham se a batalha corria mal).
Numa legião existiam ainda os cavaleiros.
A disciplina era rigorosa nas legiões. Cada soldado prestava ao general – chefe juramento solene de obediência e coragem, o juramento era renovado em cada dia do Ano Novo. Todas as faltas eram consideradas traições ao juramento.
Um dos seus lemas era – “A fidelidade é mais forte que o fogo”.
(por Legião Vertical)