(por Pierre Chatov)
O poder de sideração dos meios de comunicação é indiscutivelmente ilimitado. Assim, através da sua "Obamania" compulsiva, a esfera mediática teve êxito em fazer de uma eleição estrangeira, que se joga entre dois peões do sistema especulador mundial, um objecto de paixão e entusiasmo para os povos europeus em geral e para o povo francês em particular. É verdade que o futebol e a realidade começavam a não desviar suficientemente a atenção dos franceses das dificuldades do seu quotidiano e da incerteza do seu futuro. Era por isso necessário um novo objecto de diversão e de interesse artificial. O messias Obama terá desempenhado este papel, assistindo-se hoje com alguma surpresa e incompreensão ao júbilo de muitos dos nossos compatriotas com essa eleição que não mudará rigorosamente nada do que quer que seja (pode mesmo pensar-se que a pobre comunidade negra americana será a primeira a dar-se conta...), principalmente no que diz respeito aos problemas e perigos que ameaçam a existência dos europeus. Porque durante este tempo, a indústria automóvel anunciou a dispensa de funcionários para compensar a diminuição de encomendas. Os pára-quedas dourados dos grandes ladrões continuam a abrir-se tranquilamente. A insegurança tornou-se uma banalidade tal, que é encarada pelas pessoas como uma fatalidade que nunca terá fim, não valendo mais a pena mencionar o assunto. Preparam-se planos sociais em numerosos sectores da economia.
O poder de sideração dos meios de comunicação é indiscutivelmente ilimitado. Assim, através da sua "Obamania" compulsiva, a esfera mediática teve êxito em fazer de uma eleição estrangeira, que se joga entre dois peões do sistema especulador mundial, um objecto de paixão e entusiasmo para os povos europeus em geral e para o povo francês em particular. É verdade que o futebol e a realidade começavam a não desviar suficientemente a atenção dos franceses das dificuldades do seu quotidiano e da incerteza do seu futuro. Era por isso necessário um novo objecto de diversão e de interesse artificial. O messias Obama terá desempenhado este papel, assistindo-se hoje com alguma surpresa e incompreensão ao júbilo de muitos dos nossos compatriotas com essa eleição que não mudará rigorosamente nada do que quer que seja (pode mesmo pensar-se que a pobre comunidade negra americana será a primeira a dar-se conta...), principalmente no que diz respeito aos problemas e perigos que ameaçam a existência dos europeus. Porque durante este tempo, a indústria automóvel anunciou a dispensa de funcionários para compensar a diminuição de encomendas. Os pára-quedas dourados dos grandes ladrões continuam a abrir-se tranquilamente. A insegurança tornou-se uma banalidade tal, que é encarada pelas pessoas como uma fatalidade que nunca terá fim, não valendo mais a pena mencionar o assunto. Preparam-se planos sociais em numerosos sectores da economia.
A escola não produz mais que ignorantes e bárbaros. Deixem por isso a geostratégia de café e as histerias colectivas aos ociosos. Os nossos principais campos de acção são o desenvolvimento de uma imprensa que escape ao consenso ideológico totalitário a que assistimos todos os dias entre as televisões e a "imprensa de referência", a multiplicação de estruturas comunitárias, tipo Vlaams Huis, que oferençam uma alternativa concreta à atomização liberal, a instauração de sistemas educativos alternativos, o desenvolvimento de uma economia militante assente na ética e no localismo, a produção de obras de verdade contra-cultura enraízada e, como sempre, a formação intelectual e política. Cada alma salva da desculturização e das patologias materialistas é uma vitória mais importante que todas as eleições do mundo, sobretudo aquelas em que o resultado é decidido nos bastidores de Wall Street.