29/11/2012

Primeiros Elementos de Análise sobre a Ofensiva Israelense em Gaza

por Julien Salingue



À hora a que escrevemos estas linhas, a ofensiva israelense contra Gaza continua em marcha. Mesmo que o futuro seja incerto, é no entanto possível fazer já um primeiro balanço dos acontecimentos destes últimos dias. 

1) O Estado de Israel e as vítimas dos tiros de foguetões: as profecias auto-realizáveis 

Não se trata aqui de negar a realidade dos disparos de foguetões sobre o sul de Israel, nem sequer do facto de eles terem aumentado consideravelmente durante o ano de 2012. Os números do exército israelense e dos grupos armados palestinos concordam quanto a este ponto. Mas um dos pontos sobre os quais o exército israelense pouco informa é o número de vítimas dos foguetões e dos obuses de morteiros, e os períodos durante os quais esses civis israelenses foram mortos. É verdade que essas estatísticas tendem a demonstrar que as fases de operações militares israelenses são precisamente aquelas durante as quais o número de vítimas civis é mais elevado. 

Se nos contentarmos em observar o ciclo aberto pela tomada de controlo de Gaza pelo Hamas em Junho de 2007, contam-se de facto 13 vítimas civis, das quais 7 (ou seja, mais de metade) durante as operações "Chumbo Grosso" (inverno de 2008-2009, 4 mortos) e "Pilar Defensivo" (ofensiva m curso, 3 mortos até agora). No que respeita a esta última, é forçoso constatar que foi desencadeada quando os foguetões já não faziam qualquer vítima há mais de um ano e que, a partir do dia seguinte ao assassínio de Ahmad Jaabari, responsável militar do Hamas, foram mortos 3 civis israelenses. Israel incluiu imediatamente essas três vítimas na sua "contabilidade" e agora serve-se delas para justificar a prossecução e alargamento da ofensiva militar. 

Na operação em curso, há pois, do estrito ponto de vista do número dos civis israelenses mortos por disparos de foguetões, uma inversão das causas e das consequências. Da mesma forma, no momento do desencadeamento da operação "Chumbo Grosso", há mais de 6 meses que os foguetões não matavam ninguém e só fizeram 4 vítimas nos 3 dias seguintes aos primeiros bombardeamentos israelenses. A resposta palestina às operações israelenses servem pois como pretexto, a posteriori, para legitimar estas últimas, o que confere ao discurso actual da instituição israelense uma evidente dimensão de profecia auto-realizada. 

2) Populações feitas refém pelo cinismo político de Netanyahou 

Para além dos pretextos, trata-se pois de nos interrogarmos sobre as reais motivações do governo israelense. A maior parte dos analistas e comentadores sublinharam, e bem, que evidentemente o timing da operação deve considerar-se em relação com o prazo das futuras eleições israelenses, como já tinha acontecido aquando da operação "Chumbo Grosso". Vai haver eleições legislativas em Janeiro, as forças políticas estão em campanha, e é claro que a operação em curso deve ser analisada nesse contexto. 

Provocando o Hamas e aumentando a tensão militar, o governo de Netanyahou dá assim uma imagem de chefe da guerra e obriga os outros partidos a calar as suas críticas em nome da união nacional. Ainda por cima, a reacção dos grupos armados palestinos arrasta uma radicalização da sociedade israelense que deverá beneficiar as forças políticas mais extremistas, na ocorrência o Likoud e o partido da extrema-direita Israel Beitenou, que decidiram apresentar uma lista comum para as eleições legislativas. A desventura que aconteceu ao partido Kadima que dirigiu o governo saído em 2009 e que foi ultrapassado "pela direita" aquando das eleições, não pode voltar a acontecer. 

Além disso é essencial pensar no timing desta ofensiva no contexto do pedido palestino para admissão na ONU, com o título de estado não-membro, sobre o qual a Assembleia-Geral se deverá pronunciar a 29 de Novembro. Se o Estado de Israel sabe que, no caso de uma votação, não pode impedir essa admissão, a operação em curso, voltando a actualizar as teses do "ciclo da violência" e das responsabilidades partilhadas, poderá convencer certos estados indecisos, nomeadamente na Europa, a decidir não decidir, abstendo-se do voto em 29 de Novembro. As primeiras declarações dos estados europeus, entre outros a França, que põem as duas partes de costas viradas uma para a outra, quando não acusam directamente o Hamas, como a Grã-Bretanha, parece darem razão a Netanyahou e aos seus cálculos políticos. 

O cinismo de Netanyahou, que manobra mantendo como reféns as populações de Gaza e do sul de Israel, é denunciado pelo próprio Israel. Mihal Wasser, professora israelita que mora numa localidade situada a 3 quilómetros de Gaza, assinou uma corajosa carta à atenção de Netanyahou no quotidiano Haaretz, na qual escreve nomeadamente o seguinte: "Se se preocupa connosco, deixe de nos defender com foguetões, acções "sobre alvos" e "voos dissuasores". Em vez da operação Pilar Defensivo, lance-se numa operação Esperança pelo Futuro. É mais complicado, para isso é preciso paciência e é menos popular".[1]

3) Israel visa o Hamas para apanhar desprevenidas as evoluções regionais 

Mas é indispensável ir mais longe do que as datas limite das eleições israelenses e das Nações Unidas. Visando directamente o Hamas, as autoridades israelenses demonstram na verdade que mediram o perigo representado pelas evoluções regionais em curso apresentadas, entre outras coisas, pela alteração da situação política no Egipto. Já há vários anos que o Hamas iniciou uma longa migração que a levou a posicionar-se no centro do jogo político palestino, incluindo nas instituições da autonomia que inicialmente tinha boicotado [2] e no centro do jogo político regional. 

Na busca de respeitabilidade e a fim de aparecer como um interlocutor respeitável, o Hamas aplicou uma estrita política em Gaza no que se refere aos foguetões. Com efeito, e contrariamente às afirmações repetidas das autoridades israelenses, o Hamas, no decurso destes últimos anos, não encorajou os grupos armados a atirar foguetões sobre Israel, mas dissuadiu-os disso, pela força inclusive. A própria Leila Shaid, pouco suspeita de simpatia para com o Movimento da resistência islâmica, reconheceu isso numa entrevista dada à RTBF a 18 de Novembro de 2012: "não é o Hamas que está a atirar, não é verdade que seja o Hamas. É a Jihad islâmica e outras organizações. O Hamas, (…) por razões obviamente de oportunismo, fez respeitar um cessar-fogo integral, nunca mais houve tiros". [3]

No passado mês de Maio, o Hamas instituiu uma força de 300 homens encarregada de impedir disparos de foguetões. Esta força procedeu a inúmeras detenções e confiscações de material, mesmo de grupos influentes como a Jihad Islâmica e os Comités de Resistência Popular. Como realçou então Avi Issacharoff, do Haaretz, "o facto de se ter formado esta nova força anti-foguetões tende a demonstrar que o Hamas procura manter a calma na frente de segurança a fim de poder estabelecer melhor a autoridade do seu governo na faixa [de Gaza]". [4] O acordo tácito entre o Hamas e grupos armados era que as autoridades não interviriam no caso de resposta palestina a bombardeamentos aéreos ou terrestres, mas que impediriam toda a iniciativa militar a partir de Gaza. 

Este empenho do Hamas, tal como a sua atitude pragmática aquando das negociações que levaram à libertação de Gilad Shalit, fazem parte do seu recém-estatuto de interlocutor reconhecido regionalmente, reforçado pelo processo revolucionário em curso e nomeadamente pela conquista do poder no Egipto pela Irmandade Muçulmana. [5] O boicote do Hamas, decretado pela grande maioria dos estados árabes na sequência das eleições legislativas de 2006 não durou muito: em Janeiro passado, Ismaïl Haniyyah, primeiro-ministro do governo de Gaza, foi acolhido pelos novos responsáveis tunisinos; em Julho, foi oficialmente recebido pelo presidente egípcio recém-eleito Mohammad Morsi, um encontro impensável na era de Moubarak; a visita, com grande pompa do emir do Qatar a Gaza no fim do mês de Outubro foi o último acontecimento consagrando o novo centralismo regional do actor político Hamas. 

4) Israel não visa grupos armados mas um movimento político e uma orientação política 

O primeiro alvo "oficial" da operação em curso foi Ahmad Jaabari, responsável pelo ramo militar do Hamas, assassinado a 14 de Novembro. Esta escolha está longe de ser anódina e confirma na realidade os objectivos políticos inconfessados do governo israelense. Jaabari, pela sua posição no seio do Movimento da resistência islâmica, ocupa na verdade um lugar central no dispositivo político do Hamas no seio da faixa de Gaza. Foi ele quem supervisionou as conversações que levaram, em Outubro de 2011, à libertação de Gilad Shalit e à "troca" dele por 1027 prisioneiros palestinos, e o seu papel foi saudado pelos mediadores israelenses e internacionais. 

Mais eloquente sem dúvida, Jaabari foi quem convenceu os grupos de Gaza a aceitar um cessar-fogo com Israel, chegando mesmo, uns dias antes do seu assassínio, a elaborar uma proposta de tréguas duradouras, como confirmou Gershon Baskin, mediador israelense na libertação de Gilda Shalit: "A. Jabari não estava apenas interessado num cessar-fogo duradouro; também foi ele o responsável por fazer respeitar os acordos precedentes de cessar-fogo obtidos pelos serviços de segurança egípcios (…) Na manhã do dia em que foi morto, A. Jabari recebeu uma minuta de proposta de cessar-fogo alargada a Israel, incluindo mecanismos que permitissem verificar as intenções [de uns e de outros] e de garantir a possibilidade de um entendimento". [6]

Jaabari foi uma das principais encarnações, ao lado do primeiro-ministro Ismaïl Haniyyah, da corrente "pragmática" do Hamas, disposto a convencer os partidários da opção militar, a base do movimento e os grupos palestinos sobre a necessidade de manter uma calma relativa entre Israel e Gaza a fim de obter um desanuviamento em torno da pequena faixa costeira, sem renunciar ao princípio da luta para a satisfação dos direitos dos palestinos: "M. Jabari compreendia a futilidade dos tiros de foguetões contra Israel que na verdade não provocavam desgaste em Israel mas dezenas de vítimas em Gaza. A. Jabari não estava disposto a abandonar a estratégia de "resistência", ou seja, o combate contra Israel, mas tinha compreendido a necessidade duma nova estratégia e estava disposto a aceitar um cessar-fogo a longo prazo". [7]

Ao visar Jaabari e ao conduzir uma operação de envergadura, Israel envia na realidade uma "mensagem" ao Hamas, dando-lhe a entender que ele tem que escolher entre a resistência e a capitulação e que não será tolerada nenhuma orientação política que tente misturar negociações com Israel e a manutenção das reivindicações nacionais palestinas. Trata-se pois de empurrar o Hamas "para o erro" reforçando os partidários da opção militar no seu seio, correndo o risco, para o movimento, de perder uma grande parte da sua legitimidade regional que adquiriu nos últimos anos. Com efeito, nem o Qatar, nem o Egipto apoiarão o princípio duma confrontação armada duradoura, que o digam os esforços feitos a partir do Cairo e de Doha para chegar a um cessar-fogo. Logo aí, a ofensiva em curso, se bem que contribua de facto para reforçar em Gaza o prestígio do Hamas enquanto organização "de resistência", pode, a meio termo, enfraquecer o movimento da resistência islâmica. Com efeito, sob a pressão dos seus padrinhos árabes, os pragmáticos do movimento vão provavelmente tentar obter um cessar-fogo que, se não for acompanhado pela melhoria das condições de vida em Gaza e pela paragem das incursões e bombardeamentos israelenses [8] , aprofundará as clivagens internas no Hamas e reforçará os outros grupos palestinos partidários da manutenção duma pressão militar, por mais derisória que seja, sobre Israel. 

5) Israel: "Por mais que mude, é sempre a mesma coisa" 

A operação em curso não passa duma nova manifestação da natureza real da estratégia do estado de Israel em relação aos palestinos. Testemunho disso é o facto que posso aqui evocar, sem o modificar, e que escrevi há cerca de 4 anos aquando da operação "Chumbo Grosso": [9]

Sob falsos pretextos (…), o objectivo de Israel é pois claro: na impossibilidade de poder desembaraçar-se do povo palestino, os dirigentes sionistas podem tolerá-los em cantões isolados, na condição de que esses cantões não sejam controlados por forças hostis a Israel. A ofensiva actual é pois um sangrento "golpe de pressão" sobre o Hamas e sobre a população palestina: ou capitulam ou vão parar ao inferno. 

A ofensiva contra Gaza situa-se pois na continuidade das políticas israelenses desde há 60 anos: trata-se de demonstrar ao povo palestino e aos seus dirigentes que, lá porque são tolerados em reservas rodeadas de muros, não podem esperar obter nada mais. Trata-se de recordar que é Israel quem define as regras do jogo, quem escolhe os dirigentes, quem assassina ou ameaça de morte os que não são suficientemente conciliadores, quem arma e desarma as forças de segurança, a seu bel-prazer. Quem abre e fecha as portas da entrada dos cantões. 

A atitude de Israel em relação a Mahmoud Abbas, apesar de conciliador, que há muito renunciou a toda a perspectiva de confrontação com Israel, cujas forças de segurança na Cisjordânia cooperam diariamente com os serviços israelenses, e que se agarra desesperadamente a uma solução negociada, inscreve-se nesta dinâmica. Com efeito, o estado de Israel ameaça Abbas com "represálias" no caso de pedido de admissão na ONU, havendo mesmo quem invoque a hipótese do derrube de Abbas. [10] Uma hipótese pouco plausível, mas que demonstra até que ponto mesmo o dirigente mais dócil é imediatamente chamado à pedra quando sai da agenda fixada pelo único Estado de Israel e até que ponto o alegado "processo de paz" não passa de um isco destinado a alimentar a ilusão duma "negociação" possível enquanto, no terreno, Israel prossegue o seu empreendimento de colonização e espoliação. 

Leila Shahid, na entrevista já citada, parece reconhecer assim (finalmente) que o quadro do "processo de paz" está caduco, e que a estratégia da direcção da OLP, a saber, a procura duma solução negociada entre Israel e os palestinos sob a égide dos Estados Unidos fracassou: "decidimos, há 19 anos, suspender toda a luta militar para decidir negociar a solução dos dois estados. Mas, sejamos honestos, falhámos. Há já 20 anos que negociamos a solução preconizada pelo presidente Mahmoud Abbas, pelo primeiro-ministro, por Yasser Arafat antes da sua morte, por assim dizer, a solução da ocupação militar dos nossos territórios há 45 anos. E o que é que fizemos? Nem sequer conseguimos fazer retirar o exército israelense nem de Gaza nem da Cisjordânia, nem de Jerusalém ocidental. (…) A estratégia da minha direcção, a minha, a que eu continuo a defender desde há 45 anos, falhou. Digam-me, para que serviram as negociações durante 20 anos? Começámos a negociar em Madrid em 1990. Continuámos em 1993, fizemos parar a luta armada, quisemos mostrar que respeitávamos o direito internacional e Israel deu-nos uma bofetada". [11]

6) Um novo dado regional? 

Estas declarações revelam na realidade que é cada vez mais evidente, aos olhos de todos os actores implicados, que os "parênteses de Oslo", abertos no início dos anos 1990, estão em vias de se fechar. O impasse inerente ao "processo de paz" e a prossecução da política expansionista israelense está hoje redobrado por uma mudança do dispositivo regional que abre outras perspectivas políticas aos palestinos para além de um tête-à-tête com Israel sob a supervisão dos Estados Unidos, em que os países árabes actuam como clientes ausentes. Atirando-se ao Hamas e tentando pô-lo em discordância com os seus padrinhos árabes, o estado de Israel reconhece, paradoxalmente, que tomou consciência do fecho programado dos parênteses de Oslo e dos riscos que isso lhe acarreta. 

Longe de ser uma reacção aos disparos de foguetões, a ofensiva em curso pode ser considerada assim como um "ataque preventivo" contra as consequências prováveis do reequilíbrio regional em curso. Israel já não pode contar, como anteriormente, com regimes árabes submissos à agenda dos Estados Unidos e portanto não é arriscado emitir a hipótese segundo a qual um dos alvos indirectos do ataque é o Egipto. [12] Embora este último não tenha rompido com a política externa da era de Mubarak, nomeadamente no que se refere ao Tratado de Campo David e aos laços com os Estados Unidos, pretende ocupar no entanto um lugar significativo no seio do dispositivo regional, passando nomeadamente por um papel novo no "dossier" palestino. 

Ao precipitar os acontecimentos desencadeando uma operação militar de envergadura contra Gaza, que parece visar prioritariamente o Hamas, o governo israelense põe à prova o novo regime egípcio. Este não pode continuar a contentar-se com uma solidariedade de princípio, que passa pelas declarações de apoio aos palestinos ou pelos votos que exigem a revisão do Tratado de Campo David. O presidente Morsi tem que agir a fim de demonstrar, por actos, que a era Moubarak passou, senão arrisca-se a perder uma parte do seu apoio popular, sem que isso encoraje a hostilidade regional contra Israel, uma atitude que poderia levar os Estados Unidos, cuja ajuda financeira continua considerável, a sancionar o novo regime. 

O Egipto encontra-se na verdade no centro do jogo, mas Mohammad Morsi vai ter que dar provas da sua capacidade em manejar a política real. O presidente egípcio é obrigado a enfrentar as contradições do Egipto pós-Moubarak, e a aceleração provocada por Israel vai necessariamente influenciar as reconfigurações em curso a nível regional. O ciclo de Oslo está em vias de se fechar e com ele o princípio duma "regulamentação" da questão palestina imposta pelos Estados Unidos e por Israel, com o assentimento dos países árabes. Já está aberto um novo ciclo, produto do fracasso de Oslo e dos processos revolucionários árabes. Não há dúvidas de que a ofensiva israelense em curso, cuja evolução é incerta, e as suas consequências políticas e diplomáticas contribuirão para definir as coordenadas deste novo ciclo que será manchado, como sempre na Palestina, com o sangue dos habitantes de Gaza. 

18/Novembro/2012

[1] Ver a carta traduzida em francês no site da Union Juive Française pour la Paix [3] e o original em inglês no site do Haaretz. [4] 
[2] Sobre as mutações internas do Hamas reveladas pela sua participação nas eleições de 2006, ver nomeadamente Khaled Hroub "Un Hamas nouveau?", Revue d'études palestiniennes, n°102, hiver 2007 
[3] Entrevista on-line no site da RTBF [5] 
[4] Avi Issacharoff, "New Hamas force in Gaza is foiling rocket attacks against Israel". Haaretz, 10 Maio 2012. On-line no site do Haaretz [6] 
[5] O Hamas, lembremos, saiu do ramo palestino da Irmandade Muçulmana 
[6] Gershon Baskin, "Israel's Shortsighted Assassination", The New York Times, 16 Novembro 2012, on-line no site New York Times [7] 
[7] Ibid. 
[8] Lembremos que, apenas para o ano de 2012, as forças armadas israelenses mataram nada menos de 70 palestinos de Gaza, e isso antes do desencadeamento da operação "Pilar Defensivo" 
[9] Julien Salingue, "Offensive israélienne contre Gaza : une mise en perspective", publicado no site de Contretemps [8] a 6 de Janeiro de 2009 
[10] Ver, por exemplo, Harriet Sherwood, "Israel threatens to overthrow Abbas over Palestinian statehood bid", The Guardian, 14 Novembro 2012, on-line no site do Guardian [9] 
[11] Entrevista on-line no site da RTBF [5] 
[12] De notar que o nome hebreu da operação israelense contra Gaza não é "Pilar Defensivo" mas "Amud Anan", ou seja, "Coluna de nuvens", referindo-se a um episódio bíblico em que Deus protege, por meio duma "coluna de nuvens", os israelitas aquando da travessia do deserto, contra os povos do Egipto. 

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