15/12/2019

Carlo Terracciano - A Doutrina das Três Libertações

por Carlo Terracciano

(2000)



“A liberdade anela, que é tão cara:
Sabe-o bem quem por ela a vida expele”.
(Dante Alighieri, Purgatório, Canto I, vv. 71-72)

Premissa

A liberdade é parte mesma da Essência e da existência de um homem, como de um povo; de todo homem e de todo povo enquanto tal.

Tanto isto é verdade que ela é hoje considerada um direito fundamental de todo cidadão e desde a mais remota antiguidade a diferença substancial entre os homens era exatamente representada pela faculdade ou impossibilidade de poder dispor livremente de si mesmo e dos próprios bens. Na ausência dessa faculdade, se caía em escravidão, na disponibilidade, portanto, de outros que podiam dispor segundo seu prazer e capricho da pessoa do escravo, podendo até privá-lo da própria vida.

A escravidão no mundo foi abolida oficialmente há menos de um século e meio, excetuando-se casos muito recentes, mas apenas para ser substituída por formas mais ocultas e sutis de dominação praticamente total e absoluta sobre os homens, os povos, as nações, continentes inteiros, até envolver todo o globo. Dominação militar, econômica, política, religiosa, psicológica, cultural e no dia de hoje até biológica, informática, ambiental, etc.

Sobre a natureza e o conteúdo da liberdade, seus limites tem sido pensados ao longo dos milênios pelos intelectos mais agudos dos “filósofos”, no sentido etimológico do termo.

As Três Libertações

A Doutrina das Três Libertações, que podemos também definir Doutrina da Libertação Integral, pretende tratar dos aspectos comunitários da liberdade do homem, entendido não como indivíduo singular, mas sim como Pessoa; não Mônada isolada e fechada, mas parte orgânica de um todo, membro ativo e consciente, funcional à Comunidade.

Ela trata, portanto, da Libertação Nacional, da Libertação Social e da Libertação Cultural. Partindo de uma visão tradicional anagógica, orgânica e holística da existência, pretende-se assim analisar a liberdade (ou a sua ausência) e os limites da mesma no que concerne os vários aspectos do Homem como ser social: indissoluvelmente ligado seja por vínculos de sangue, seja de cultura e de relações sociais, ou seja de História e de Geografia, aos próprios semelhantes naquela unidade viva que é a Comunidade de Destino, agente na história e no espaço vital geográfico.


O Homem na “Natureza” e na História

É, de fato, evidente que nenhum homem pode se dizer absolutamente “livre” e desvinculado de qualquer relação social com outros homens, para não dizer com o ambiente que o cerca, quase em um suposto “estado de natureza” adâmico. Isso representa, como bem sabemos pelas observações do mundo animal e vegetal, um erro do pensamento iluminista e modernista, que por sua vez afunda as suas raízes em uma perspectiva monístico-criacionista que considera ser o mundo todo criado a serviço do homem e para a sua completa e livre disposição. Tal concepção, materializada após a perda de toda dimensão espiritual, produziu os conhecidos desastres ambientais que estão hoje aos olhos de todos.

Ao contrário, devemos considerar o Sistema-Terra como um organismo vivo e pulsante, um ecossistema unitário do qual o homem é uma espécie entre as outras no seu “nicho ecológico”. É, em suma, a hipótese GAIA, a essa altura irrefutável, especialmente se considerarmos os danos devastadores causados pela modernização e o consequente fenômeno de rejeição, que preanuncia a enésima (a sexta?) extinção de uma espécie incompatível: a nossa!

E por outro lado, justamente pelo que foi dito acima, sobre a natureza social-comunitária do homem, é igualmente evidente que, se não se pode desvincular o homem do seu habitat com base em sua natureza, tampouco pode existir indivíduo isolado da Comunidade, com base em seu ser social.

Todo homem age na História na medida em que interage com a Comunidade de pertencimento, original ou adquirida.

A Libertação Nacional

Mas então, logicamente, segue-se que não pode haver verdadeira liberdade individual e coletiva quando a própria Comunidade Nacional e Social NÃO É LIVRE, mas está sujeita a um poder externo e estrangeiro que viola o seu livre arbítrio, manipula e determina as suas escolhas, controla os seus meios de subsistência e a vontade dos governantes e governados.

A libertação nacional é, portanto, o tema prioritário para toda liberdade política e civil dos homens que dela fazem parte e das gerações vindouras.

Afinal, todo homem vive em uma terra, se mantém e prospera com o fruto do seu trabalho, cria e educa seus filhos. Todo membro da comunidade tem direito, por seu próprio pertencimento orgânico à entidade superior representada pela Comunidade, a uma substancial LIBERDADE EM RELAÇÃO À NECESSIDADE.

A Libertação Social

A libertação social se concretiza na satisfação por parte da Comunidade das necessidades primárias, dos serviços essenciais para uma vida civil digna deste nome: comida, saúde, educação, casa, segurança, dignidade, justa colocação de cada um na função que melhor lhe compete, uma velhice digna e acompanhada até uma passagem serena. 

“A cada um segundo as necessidades, de cada um segundo as capacidades”, não é um slogan de fácil efeito, mas a própria base de toda convivência civil em uma sociedade bem desenvolvida.

Obviamente, o ser humano não tem apenas uma dimensão puramente material, não é “homem unidimensional” apenas, mesmo que hoje seja justamente a isso que o sistema liberal-capitalista gostaria de reduzi-lo.

No exato momento em que ele é concebido, ele se torna herdeiro de um patrimônio que o liga a uma cadeia ininterrupta de ancestrais: não é uma tábula rasa mas leva consigo, no seu DNA um patrimônio genético que o torna único. E também seu caráter é um unicum ao qual, com o nascimento, a educação e a experiência, agrega um patrimônio cultural específico: uma língua materna, um conjunto de noções, a experiência direta de uma paisagem circundante e de um habitat, inclusive do clima, uma alimentação particular adaptada ao seu padrão de vida, às convicções ético-morais e às ideias filosóficas e religiosas próprias do seu tempo e do seu espaço.

A Libertação Cultural

A libertação cultural representa assim o terceiro pilar indispensável para a formação de um ser humano completo, são e íntegro no corpo e na alma.

Como tudo isto pode e deve ser realizado hoje, no mundo moderno, na Europa no alvorecer do Terceiro Milênio cristão, mas também ao fim de um ciclo civilizacional bem mais antigo e enraizado nos povos do continente Eurásia, é o conteúdo das páginas seguintes, levando em consideração alguns pressupostos.

Liberdade e Libertação

Antes de tudo, nota-se que usamos o termo LIBERTAÇÃO, dando assim à palavra Liberdade uma conotação dinâmica, voluntarista; uma perspectiva potencial porque, como será demonstrado, as liberdades fundamentais já mencionadas estão atualmente dissolvidas, traídas, absolutamente inexistentes a nível nacional e mundial. Se a liberdade é “a condição daquele que é livre” (e não apenas daquele que se sente e crê sê-lo), a libertação é “o ato e o efeito do libertar”.

E quanto mais se amplia e promove a liberdade mais o processo de libertação avança nas consciências e no país real em luta com um “país legal”, que não é outra coisa que o instrumento legislativo, institucional e jurídico do Poder ocupante gerenciado pelos colaboracionistas internos.

Nesse sentido, superadas as velhas e obsoletas classificações “direita-centro-esquerda”, fascismo-antifascismo/comunismo-anticomunismo, etc... a velha contraposição do futuro será entre os patriotas que combatem pela libertação europeia e os colaboracionistas dos ocupadores americanos, exploradores dos próprios povos e executores do projeto mundialista de dominação planetária.

Unidade e Trindade da Luta de Libertação

Torna-se necessário, portanto, precisar que as três libertações estão absolutamente correlacionadas e são interdependentes. Não pode haver verdadeira libertação de um povo que não contemple todas elas; ainda que, de fato, nos termos de um desenvolvimento temporal, a libertação nacional é prioritária e propedêntica em relação as outras duas.

Mas também na sua perseguição não se pode prescindir da realização, resumidamente, das estruturas essenciais para a libertação social do povo e etno-cultural da comunidade nacional na sua totalidade.

Não pode existir liberdade política do e no Estado que não realiza a liberdade social e econômica do seu povo e a instauração da própria identidade cultural.

Assim, não pode existir liberdade e prosperidade socioeconômica em um país ocupado e submetido aos interesses financeiros e estratégicos da potência invasora que, a fim de favorecer o status servil do ocupado, distorce a sua base social e cultural, impondo toda forma de mistura e desenraizamento de suas tradições.

Distorção que diz respeito tanto às vítimas diretas de tal desenraizamento, como hoje acontece com as massas subproletárias do sul do mundo forçadas a emigrar, como aos trabalhadores europeus, ameaçados na sua identidade cultural e histórica, e também na sua sobrevivência social, diante de uma massa de explorados lançada como gado no mercado da produção e do consumo.

A globalização do mercado de trabalho é a forma moderna mais sutil e desumanizante do racismo e da exploração escravagista, desde os tempos da deportação anglo-americana de escravos da África Negra. Ela pressupõe e favorece a guerra entre pobres do sul e do norte do mundo em benefício das classes dominantes. 

Finalmente, é impensável conquistar e preservar as liberdades políticas, nacionais e sociais, em meio a um povo sem mais raízes e valores de referência, escravizado nas mentes e nas almas antes de nos corpos. É bastante evidente que um tal povo, agora reduzido a massa informe sob a ditadura dos mais baixos instintos, da busca materialista pelo lucro, não poderia nem mesmo visualizar o objetivo da própria libertação e da solidariedade entre os seus membros, carente agora de todo laço comunitário, de todo referencial ideológico, político, religioso, em um termo, de toda identidade comunitária.

Desnecessário especificar que o individualismo, o hedonismo solipsista e o libertarianismo, como é o caso do liberalismo, representam a mais direta negação da verdadeira e autêntica libertação em todos os setores da vida comunitária. É isso que sempre emerge quando a liberdade enquanto aspiração não se une à responsabilidade enquanto princípio interiorizado de vida e valoração.

Libertação “em relação a” e Libertação “para”

Esta consideração nos leva a uma precisão mais profunda da Doutrina das Três Libertações. A distinção clássica entre liberdade “em relação a” algo e libertação para algo.

Substancialmente, no que concerne o tema em análise, trata-se da mesma diferença entre uma formulação negativa da liberdade da liberdade (p.ex.: luta de libertação contra um ocupante estrangeiro), e uma positiva, uma libertação criativa, para realizar na História, ou seja no tempo e no espaço geográfico, aquele Destino da Civilização que é a razão mesma de existir da Unidade Comunitária.

E se só a liberdade de um povo, que dá “forma” a si mesma no Estado, é propedêutica à criação de Cultura e Civilização, no sentido mais clássico destes termos, a Nova Civilização que dela surge é portadora de Liberdade não só para o Homem Novo formado em seu interior, mas também de libertação para os outros povos ainda submetidos à escravidão imposta pelas oligarquias cosmopolitas.

Por um novo Inter-Nacionalismo

Ao contrário do que se acreditou neste século, o verdadeiro inter-nacionalismo não se funda na classe, mas na comunidade orgânica do povo, de todo povo, na sua própria especificidade. O internacionalismo marxista, por exemplo, hegelianamente baseado em uma ciência social autorealizante na história, na sua aplicação prática institucional favoreceu objetivamente o desígnio do Grande Capital internacional, na sua já multissecular obra de desenraizamento das culturas e dos povos (hoje também em sentido literal, físico).

Não obstante as muitas coisas justas realizadas e algumas teorizações válidas para aqueles tempos, ele finalmente determinou objetivamente o triunfo do suposto adversário mundial, que visava a destruição das diferenças e especificidades a fim de melhor alcançar a globalização do Mercado/Mundo; na perspectiva, por agora próxima, de realizar o projeto político mundialista de dominação sobre os povos, por parte de um círculo extremamente restrito de oligarcas internacionalistas cosmopolitas.

O marxismo, em suma, não soube superar a sua verdadeira desvantagem inicial de uma crítica inteiramente interna à lógica capitalista. Neste sentido, no final, o “pai” matou o filho e não vice-versa.

A desintegração dos povos em favor do individualismo hedonista, até a mais recente teorizaão dos chamados “direitos humanitários” universais a serem defendidos (às custas de e também contra as comunidades nacionais de pertencimento), é funcional unicamente à destruição de toda forma organizada que ainda sirva de escudo à verdadeira liberdade do homem, de todo homem, colocando-o sozinho e nu à mercê do poder mundial do Capital; e chamando então essa relação de “livre-mercado”, “liberdade de concorrência” e termos semelhantes.

Uma liberdade econômica global e um direito de ingerência “humanitária” rejeitados pela própria superpotência americana que quer impô-los ao resto do mundo.

E se esse processo desintegrativo se realizou mais profundamente e rapidamente no Ocidente do que no Oriente “soviético” e nos países do “Terceiro Mundo” que adotaram, pelo menos oficialmente, o marxismo, isso se deve ao fato de que, instintivamente, aqueles povos e as suas elites puseram em prática, de fato, uma forma de NACIONAL-COMUNISMO, prático ainda que não teórico, que (derrubando os respectivos papeis atribuídos à origem pela ideologia triunfante) foi capaz de enquadrar a própria doutrina marxiana aos seus interesses nacionais, reconectando-se, apesar dos pressupostos teóricos materialistas, às respectivas culturas e civilizações não raro multimilenares. Foi o caso de Cuba, da China, do Vietnã, da Coreia do Norte, da Iugoslávia, hoje entre os últimos bastiões de defesa dos povos contra a mundialização; como foi a Rússia de ontem.

O Comunitarismo Europeu como Atualização e Superação do Nacional-Comunismo

No estado atual das coisas, e com a recente experiência daquelas nações e sistemas sociais, podemos afirmar que a próxima, futura luta de libertação não pode ser senão mundial, tal como mundialista, nos meios e nos fins, é o poder de intervenção e repressão do sistema imperialista americanocêntrico.

Ela deve ser, portanto, “inter-nacionalista”, no que concerne os agentes em campo, e baseada na grande unidade continental geopolítica, em relação ao espaço e a posição dos povos que dela fazem parte. Em tal perspectiva, é desejável uma Aliança Quadricontinental Anti-Imperialista.

Particularmente, a libertação da Europa é concebível apenas em uma dimensão geopolítica unitária que vá do Atlântica ao Pacífico, ou seja, da península europeia + a federação russa, hoje mais do que nunca “europeia”, com os imensos espaços logístico-estratégicos siberianos: a Eurásia unida de Reykjavik a Vladivostok, do Atlântico ao Pacífico.

Neste quadro planetário, o futuro comunitarismo europeu representaria um desenvolvimento natural, mas também uma superação do próprio nacional-comunismo, tal qual historicamente realizado. De fato, mesmo se situando naquela linha de pensamento, levando à de fato às suas consequências últimas, o engloba em uma nova síntese que recoloca em discussão tanto o nacionalismo como o comunismo, na sua teoria como na realização histórica prática.

Podemos então afirmar, por enquanto, que uma perspectiva realista de libertação continental é concebível se partirmos das especificidades nacionais, regionais e locais, dos povos, mas redefinindo estas em formas e conteúdos adequados aos tempos, inserindo-as em unidades políticas mais amplas e vitais, institucionalmente organizadas como unidade imperial continental, geopoliticamente unitárias e economicamente autárquicas.

O antigo nacionalismo burguês, nascido ideologicamente do século dito das “Luzes” e politicamente da Revolução Francesa de 1789, não apenas teve seu tempo, sendo completamente inadequado para confrontar os desafios globais do novo milênio como, tendo passado pela fase do colonialismo moderno e do imperialismo, desemboca hoje em um internacionalismo funcional para o projeto do Governo Mundial. Ele, reagrupado à força sob a égide da Europa Unida do Capital, se provou repetidas vezes completamente dominado pela chantagem globalista e americano-sionista. O único supernacionalismo triunfante hoje sobre todos os rivais é o da talassocracia americana hegemônica sobre os mares e céus da Terra, santuário estratégico inviolável daqueles poderes historicamente fortes e economicamente caracterizados por um cosmopolitismo apátrida.

O Século XX

O nacionalismo que conhecemos nos últimos dois séculos é fruto da ideologia do Iluminismo e da Revolução Francesa, forjado pela revolução industrial e tecnológica a partir do século 19 e transformado em imperialismo em todo o mundo, especialmente pelas poderosas talassocracias de língua inglesa e da França.

O século XX da era cristã que deixamos para trás testemunhou o sangrento choque de nacionalismos europeus em duas guerras mundiais à distância de uma geração. Uma verdadeira "guerra civil européia" que viu todos perderem, todos derrotados, mesmo aqueles que se sentaram à mesa dos vencedores em Yalta e Potsdam.

Após a Segunda Guerra Mundial, assistimos ao desmantelamento sistemático dos respectivos impérios coloniais europeus, favorecido pelo neo-imperialismo americano, que os substituiu em todos os cantos do globo.

A própria União Soviética, o único rival credível na eterna oposição entre as potências terrestre e marítima, finalmente saiu derrotada, desintegrada e inclinada à vontade globalista no final da Terceira Guerra Mundial: "guerra fria" apenas naquele espaço geoestratégico que era a Europa dividida por blocos, mas sangrenta guerra de conflitos locais, golpes militares, blocos econômico-comerciais, guerra ideológico-política e tecnológico-estratégica em toda parte.

Estamos na presença de um mundo unipolar, americanocêntrico, articulado e ramificado em um sistema hierarquizado e piramidal de relações políticas subordinadas.

Algumas potências médias estão sujeitas, nas respectivas áreas geopolíticas de pertença (Alemanha para Europa, Japão na Ásia, Austrália na Oceania) etc., a um papel de executores e guardiões, valvassori e valvassini da nova ordem mundial; também na perspectiva de uma transição contínua entre o monocentrismo capitalista americanocêntrico e um policentrismo que favorecerá o ressurgimento dos governos de centro-direita, liberais na política e na economia, defensores um neonacionalismo mais funcional para a dominação capitalista do mundialismo, para o triunfo de seu projeto final que vai além do próprio fator econômico materialista.

Numa perspectiva semelhante e redefinição de papeis, o nacionalismo do século XIX não apenas não tem mais motivos para ser um fator de unidade, soberania, independência e libertação dos povos, mas na Europa é hoje o instrumento mais pontual de escravização das respectivas populações ao Domínio Planetário Mundialista.

Tarefa que desenvolve uniformizando, no exterior como no interior, legislações e instituições de acordo com os interesses da superpotência dominante e do Mercado Global e conduzindo em nos respectivos "domínios delegados" um trabalho cada vez mais evidente e maciço de repressão e perseguição de qualquer forma, mesmo velada, contestação e não aceitação do modelo dominante do pensamento único.

Aprovação para a qual seitas, maçonarias de todo tipo e instituições eclesiásticas oferecem sua contribuição ideológico-doutrinária, a submissão de seus próprios seguidores e a bênção sacramental.

Globalismo e Glocalização

Apesar desse quadro desanimador, não podemos deixar de notar que mais e mais homens de elite e povos, quase como por um instinto inato de resistência e conservação, tendem a se opor à homologação totalitária do Capital, ao capitalismo em suas formas mais selvagens e aberrantes, cujas conseqüências sociais e ecológicas desastrosas são mais evidentes do que as culturais e espirituais, embora ainda sempre presentes.

Em particular, ao lado de um processo de globalização imposto de cima por meio de instituições políticas e religiosas, da mídia, de lavagem cerebral ou ferramentas repressivas de todo tipo, testemunhamos um retorno popular instintivo à LOCALIZAÇÃO, à recuperação das próprias raízes culturais e históricas, à defesa, ainda que míope e decomposta, da própria especificidade, bem como uma recuperação do equilíbrio com a natureza e o território.

A consciência ECOLÓGICA é cada vez mais difundida, mesmo que continue sucumbente diante da ofensiva imparável da tecnologia mais devastadora e destrutiva (pense-se apenas, para dar um exemplo, nos desastres ecológicos do petróleo).

Esse processo de revisão e restauração de valores foi definido como GLOCALIZAÇÃO, porque representa a síntese entre o retorno ao particular e a conscientização da generalidade e interdependência dos problemas de toda a Terra.

No início do século XXI, agora é evidente, sob os olhos de todos, a equação: "progresso” tecnológico, experimentação biotecnológica, tecnologia da informação e afins = REGRESSO do homem em sua integridade física, biológica, mental e social.

A concepção linear-progressista e progressiva de uma História e Civilização da Humanidade, entendida como unitária e unidirecional, teve seu dia. Está em plena crise, tendo demonstrado sua falsidade e perversão, que torna o homem não mais livre, consciente e feliz, mas cada vez mais escravo, obtuso e infeliz.

A própria "explosão demográfica" em uma parte do planeta e a ausência de natalidade das sociedades industrializadas representam apenas os dois lados da mesma moeda, os dois problemas criados pela mesma causa: a ideologia modernista que preparou o campo para o domínio total do capital sobre o homem.

Se realiza dramaticamente a previsão do desastre anunciada em todas as culturas tradicionais, (pré-visão enquanto memória do já ocorrido em eras passadas), baseada em uma concepção “circular” da História; para eles Revolução, assim, é um retornar, voltando às Origens, depois de ter implementado uma síntese dialética das antíteses na harmonia geral do Cosmo.

Longe de catastrofismos apodíticos, isso é preparatório para a doutrina das Três Liberações, na medida em que reconhece sua Realidade, Validade e Inevitabilidade, tanto no plano lógico como no ontológico.

Terra dos Ancestrais e Território de Luta

No que concerne mais especificamente à liberdade nacional, portanto, esta pressupõe uma redefinição da própria nação, de sua natureza, da sua origem e seus fins.

Se, no nível mais ideal, a formulação mais perfeita é aquela que define a "Pátria como o lugar onde lutamos pela nossa idéia", pela Visão do mundo, no nível histórico ela representa no imaginário coletivo de uma comunidade "a terra dos pais”, dos Antepassados: aquela que foi conquistada com a Luta, frutificada com o Trabalho, sacralizada pela presença dos Lares, dos Ancestrais. Finalmente, sob o aspecto político-programático, o nacional é "Comunidade de Destino" na História e no Espaço Geográfico, analisados e estudados nas diretrizes estratégicas de longo prazo da GEOPOLÍTICA.

O conceito de microcomunidade voltou à moda também como defesa e contraparte da dispersão ideal, ideacional e física do homem moderno na chamada "aldeia global", informática e política, que se assemelha cada vez mais a uma "selva planetária" ou, melhor, a um "deserto" pós-atômico, exterior e interior; percebendo mais uma vez a profecia daqueles que disseram que "no começo das civilizações há a floresta, e no final o deserto"!

Sua forma degenerativa é, no entanto, representada pela defesa estreita e egoísta de seu microcosmo econômico-social, pela rejeição de toda forma de solidariedade nacional e internacional, numa perspectiva míope e provincialista, às vezes pior do que os nacionalismos antiquados e sempre, no final, derrotista.

As Três Propriedades

A Doutrina das Três Liberações tem uma resposta social coerente ao grande problema da propriedade que devastou o século XX.

Ela reconhece três tipos de propriedade: propriedade nacional, propriedade social e propriedade privada de uso social.

Diante do poder esmagador da globalização mundial, das multinacionais, dos lobbies industrial-financeiros, de todos os poderes econômicos e políticos estranhos à nação e ao seu destino, é absolutamente essencial que a comunidade seja libertada dos laços econômicos que a estrangulam, assegurando bens e serviços essenciais aos cidadãos.

Por esse motivo, o Estado nacional comunitário deve ter a propriedade dos recursos de interesse geral para toda a comunidade, para seu bem-estar e independência.

A Propriedade Nacionalizada

Prevê-se, portanto, a nacionalização sem compensação dos bancos (começando pelo Banco da Itália, que o é só de nome; só o Estado pode e deve emitir moeda). Seguros, indústrias do setor de energia (com negociações diretas com produtores, sem a intermediação de multinacionais), telecomunicações, concentrações industriais de interesse nacional e estratégico (alimentos, armas, informática, etc.). Obviamente, escola, saúde, transporte e coisas do gênero são prioridades de absoluto interesse nacional que não podem ser deixadas para particulares.

Em resumo, tudo de interesse geral deve pertencer à comunidade popular.

A Propriedade Socializada

É a propriedade de empresas, indústrias, bens e serviços que se relacionam com uma parte da comunidade nacional ou local e, especialmente, aqueles diretamente envolvidos, ou seja, aqueles que trabalham lá e ganham a vida para si e suas famílias.

Tudo isso será socializado e, portanto, se tornará propriedade indivisa e intransferível dos trabalhadores organizados; que serão, ao mesmo tempo, proprietários e adquirentes de ações e responsáveis perante a Comunidade como um todo, que controlará a produção e a administração por meio de comissários políticos e sociais especiais.

Escusado será dizer que no Estado nacional não pode haver concentrações industriais e/ou financeiras tais que possam minimamente influenciar, por tamanho ou riqueza, as escolhas políticas comunitárias. A política deve sempre e em todo caso orientar a economia, nunca o contrário!

A Propriedade Privada

O Estado deve reconhecer a pequena propriedade privada, aquela dos bens e do uso: "a casa e as coisas" para colocá-lo sucintamente.

Mas a propriedade privada deve sempre e, em qualquer caso, também estar a serviço da comunidade.

Uma propriedade privada que não respeite esse imperativo ou mesmo o contrasta, não pode existir; deve ser imediatamente confiscada sem contrapartida e nacionalizada.
Alguns exemplos: a casa deixada vazia, o campo não cultivado, a pequena fábrica familiar que polui o meio ambiente com seus vapores e esgotos, etc.

A propriedade privada pode existir SOMENTE se tiver um objetivo social, uma meta comunitária de desenvolvimento para todos.

E isso é verdade tanto localmente como geralmente. Isso nos apresenta a questão da LOCALIZAÇÃO e das grandes UNIDADES CONTINENTAIS.

Pequenas Pátrias e Grandes Impérios

Se o “Estado-Nação” dos últimos dois séculos é completamente inadequado para o enfrentamento com a globalização e o projeto globalista de domínio planetário, mais ainda as “pequenas pátrias”, por si mesmas, são completamente impotentes diante do perigo da nivelação planetária; ainda que favorecidas por um maior enraizamento ambiental e cultural (nem sempre ou em todos os lugares).

O risco mais imediato é o de trocar esse retorno às raízes pela simples recuperação folclórica, entre canções, danças e culinária para o turismo de massa em busca das "cores locais".

Aspectos que o globalismo demonstrou ser capaz de recuperar e incluir em seu Projeto, também com estudos precisos de mercado sobre a diferenciação qualitativa de bens de acordo com as diferenças etnoculturais, de resto cada vez mais fugazes, superficiais e "bastardizadas".

O perigo mais sutil é que, de fato, a luta de libertação "localista" em relação ao centralismo nacionalista dos séculos passados, por sua vez, se torna um instrumento do próprio globalismo para dobrar à própria vontade e aos seus sórdidos projetos as nações que ainda resistem e não pretendem se dobrar ao imperialismo americano e ao interesse capitalista.

O Papel da Geopolítica

Isso explica amplamente a diferença de atitude do imperialismo americano e dos seus mantenedores europeus e asiáticos nos vários tabuleiros de xadrez das crises entre Estado central e suas minorias étnicas: Sérvia-Kosovo, UE-Áustria, Rússia-Chechênia, Turquia-Curdistão (como também Irã/Iraque-Curdistão), Indonésia-Timor Leste em diferentes períodos, etc.

Mesmo as posições em relação a personagens políticos e movimentos revolucionários individuais se transformam com base no mesmo projeto. Um exemplo para todos: Arafat e a OLP em relação a Israel. De “terrorista internacional” a Prêmio Nobel! E, acima de tudo, instrumento-refém nas mãos do sionismo, dentro e fora de Israel.

Somente o papel deste último permanece inalterado pelo óbvio motivo de que representa, no nível da estrutura internacional, o próprio motor do globalismo, em todos os seus aspectos: econômico, midiático, ideológico-religioso, político e assim por diante. Bem como um ponto geoestratégico de dominação sobre o “Velho Mundo”.
É então evidente que o único caminho realista e justo para a Libertação Nacional da Europa, como exemplo também para todos os outros povos, reside na UNIDADE GEOPOLÍTICA CONTINENTAL, na Europa Unida, do Atlântico ao Pacífico, a Eurásia dos geopolíticos, ou seja, toda a península e as ilhas européias + a Federação Russa.

E neste contexto histórico futuro, no século 21, esta última certamente terá um papel de liderança na Guerra de Libertação Continental. Mesmo nas suas menores articulações.

Antes de tudo, o continente da Eurásia deve se libertar e sacudir o jugo imposto pela Finanças Mundial, que está despojando seus recursos e matando de fome seu povo, destruindo-o material e espiritualmente com os venenos da ocidentalização.

Por seu tamanho, pela vastidão de suas terras virgens e ricas em matérias-primas, pela substancial estabilidade de seu povo, apesar da agressão mundial por pelo menos dois séculos, a Rússia, potência terrestre em conflito natural com as talassocracias anglófonas, é o candidato mais natural ao papel de liderança da Libertação Continental Europeia.

Moscou (a "Terceira Roma" dos místicos russos) será o candidato ideal para o resgate antiglobalista da Europa dos cem povos sob uma só bandeira!

Ela desempenhará, mutatis mutandis, o papel que, por exemplo, o Piemonte e a Prússia tiveram no século XIX na criação, respectivamente, das novas nações, Itália e Alemanha, mais tarde reencontradas unidas pelo Destino na derrota de toda a Europa; derrota propiciada precisamente por seu confronto com a Rússia, por sua vez vítima póstuma, após meio século, do inimigo comum do gênero humano.

Além disso, a própria Rússia não pôde manter sua independência substancial, como foi demonstrado, isolando-se da Europa em um pan-eslavismo nacionalista do século XIX, pensando em enfrentar sobre essa base o desafio do GLOBALISMO no início do século, que é desafio global para o domínio de todo o planeta e dos seus recursos, os russos em primeiro lugar.

Imperium contra Imperialismo

Nesse contexto, então, a Luta de Libertação Nacional das Pátrias Locais da Europa encontrará a sua possibilidade de realização e a sua expressão natural no conceito de

Imperium Continental Europeu

A própria existência de um projeto assim o colocaria naturalmente em conflito total com o poder globalista. De fato, inevitavelmente levaria à derrota definitiva da dominação totalitária americano-capitalista, não apenas na Europa, mas em todo o mundo.

Além disso, a tendência para a unificação das Grandes Áreas Etnoculturais e Geopolíticas já está em andamento hoje, estudada pelos mais competentes politólogos de língua inglesa e pelos geopolíticos mais inescrupulosos.

Uma tendência geral, inelutável e necessária, que aguarda apenas uma TOMADA DE CONSCIÊNCIA da realidade histórica e geográfica das Unidades Geopolíticas em questão, juntamente com uma identificação especular do inimigo objetivo global de todos os povos em todos os continentes e além...

A concepção circular da história, por sua própria natureza, não pode ser conservadora ou reacionária; ela é etimologicamente REVOLUCIONÁRIA.

Isso explica por que uma concepção "imperial" e comunista (portanto, anti-imperialista) do Estado, baseada na especificidade do povo nas suas ricas e múltiplas diferenças, mas realizada na UNIDADE GEOPOLÍTICA CONTINENTAL, seja mais do que nunca atual e concebível.

Ela responde às demandas de uma luta credível e viável contra a globalização capitalista, defende a liberdade e a especificidade dos povos que compõem precisamente a Unidade e lidera a luta pela libertação dos povos de todo o mundo, colocando-se na vanguarda de uma ALIANÇA QUADRICONTINENTAL ANTICAPITALISTA E ANTI-IMPERIALISTA.

Todo o contrário do nacionalismo centralista pós-revolução francesa, que impôs, na Europa e em todo o mundo, um modelo único, que deu a pior prova de si mesmo durante a fase colonial e as "Guerras Civis" européias deste século XX. Por fim, acabou sendo reduzido a uma colônia do imperialismo talassocrático do Atlântico.

E que hoje, reduzido a um único d(en)ominador comum, chega à sua degeneração centralista e totalitária natural, girando ao redor do centro de gravidade atlântico, envolvendo em suas espirais todo o orbe terrestre.

Então, para resumir ao máximo: Império Europeu de povos livres contra o Imperialismo Globalista Americanocêntrico + Velhos Nacionalismos.

Estes últimos, mesmo na fase policêntrica do capitalismo, são cimentados por uma única ideologia e um único projeto (no qual eles realizam tarefas particulares, mas convergentes) em uma espécie de "regionalização" de papéis e funções com base geopolítica.

Sempre e em todo caso apoiado, política e militarmente, no papel hegemônico de superpotência dos EUA, tão economicamente liberal na economia quanto monopolista na prática, defensora da globalização dos mercados e da nivelação dos povos, a fim de favorecer o domínio de uma pequena casta privilegiada de cosmopolitas "bíblicos", no sentido sombartiano e weberiano do termo.

A Luta de Libertação: A Nossa Resposta

Começa com a luta pela resistência e recuperação política e cultural do continente da Eurásia.

Continua como uma luta pela libertação em relação à dominação imperialista do Atlântico, um veículo armado do Projeto de Dominação Globalista por parte de uma oligarquia econômica, política, ideológica e étnica profundamente racista (especialmente no sentido de "raça da alma") e anti- europeia. Oligarquia que subjuga as mentes, achatando-as sob o totalitarismo do Pensamento Único e chantageando os povos europeus com mentiras sobre seu passado, a fim de dividi-los e contrapô-los em guerras políticas e étnicas fratricidadas.

Finalmente, nossa luta pela libertação chega a uma COMUNIDADE DE DESTINO com um sopro continental, cimentada, em sua rica e criativa multiplicidade, por uma comunidade de origem e, mais importante, por uma missão de libertação planetária.

É evidente que estamos na presença de duas Concepções da Vida, do Mundo, do Espírito, da Comunidade política e social, da Existência, da História completamente, totalmente e irremediavelmente ANTITETICAS, ANTAGÔNICAS e AUTO-EXCLUDENTES.

Tanto fisicamente como metafisicamente. E enquanto tal, destinada a colidir eternamente.

A das três libertações é a nossa resposta doutrinária que prepara, através de suas elites culturais e políticas, a conscientização de um povo inteiro; pré-requisito indispensável para traduzir o pensamento em ação, o conhecimento da situação real em ação popular.

Para se realizar nos fatos, esta ação deverá dar a si mesma uma estrutura militante, um instrumento político que combine teoria e prática revolucionárias: a realização da Doutrina das Três Libertações no plano histórico, passando por todas as fases da luta quotidiana pela libertação nacional, social e cultural entre e para os respectivos povos.

O Papel de Guia Revolucionário para a Libertação

Para esse fim, consideramos essencial criar uma COORDENAÇÃO NACIONAL EUROPEIA (na forma de Movimento de Vanguarda, tão articulado em seus ramos territoriais quanto unitário em sua Doutrina Política e em suas elites dirigentes).
Um movimento transnacional europeu, cujas articulações no nível de cada nação são apenas as "seções territoriais locais".

Este Movimento, (inicialmente de "quadros" militantes, para então tornar-se Força Unida do Povo), deve ser altamente articulado e flexível, de acordo com as condições locais em que atuará nas diversas realidades europeias; será ele próprio o reflexo da multiplicidade enriquecedora de nossos povos.

No entanto, precisamente por esse motivo, será necessário estabelecer com antecedência limites claros, objetivos estratégicos bem definidos, uma política tendencialmente unitária. Em suma, ele terá que ter a mesma visão do mundo, da luta, dos objetivos principais a serem alcançados.

Estamos absolutamente certos de que a atual DOUTRINA DAS TRÊS LIBERTAÇÕES representa uma boa plataforma inicial para construir o futuro da Libertação Nacional, Social e Cultural dos povos da Europa Unida.

A Quarta Libertação

Mencionamos, no início da Doutrina das Três Liberações, uma QUARTA LIBERAÇÃO: Libertação Espiritual.

Como o presente é um documento estritamente político e de caráter comunitário, mencionaremos apenas brevemente uma questão relativa à esfera mais íntima e específica de todo homem, e apenas em relação à sua projeção política e social, que envolve toda a comunidade.

O Estado comunitário protege, defende e propõe os valores espirituais da pessoa singular e de todo o povo. Reconhece a liberdade de culto e, de fato, favorece toda manifestação de "pietas" públicas e devoção popular. Baseado-se na convicção da Unicidade original da Tradição primordial, articulada nas várias formas e expressões "cultuais", a Europa Unida de amanhã não só garantirá as várias religiões presentes em seu território, mas também será portadora de uma FUNÇÃO ANAGÓGICA E SACRAL.

Todos terão a liberdade de adorar o Princípio Superior no qual se identificam, com a única limitação das leis do Estado e do interesse vital da Comunidade como um todo, cuja liberdade não deve estar sujeita a ataques, pressões ou interferências de qualquer espécie nos campos da política e da sociedade que lhe competem: defesa, educação, saúde, campo social, cultura, etc.

Rejeitando uma visão "secular", ou pior, materialista, o Estado Comunitário não apenas defende todas as crenças compatíveis com seus Valores fundadores, mas também se torna o portador de VALORES ESPIRITUAIS, uma "ponte" para um Plano superior do Ser, inclusive com cerimônias e ritos estatais, como era na prisca romanidade e em todas as sociedades Tradicionais.

Valor máximo será dado ao Culto dos Antepassados, reconectando-se assim à própria História, à cadeia ininterrupta da Comunidade do Destino enraizada na Terra própria dos povos europeus.

Essa consideração nos leva de volta ao início de nossa excursão: à LUTA PELA LIBERTAÇÃO DA EURÁSIA, nossa TERRA DOS ANTEPASSADOS.