18/08/2019

Manifesto da Nouvelle Résistance

(1991)



“Fazei da causa do povo a causa da nação, e a causa da nação será a causa do povo”. – Lênin

Este texto é dedicado a:

Nanni de Angelis, assassinado pela polícia política italiana
Jacques Arthuys, morto em um campo de concentração alemão.
Nicola Bombacci, assassinado pelas milícias da “resistência” italiana.
Roger Coudroy, caído em combate na Palestina ocupada.
Rudolf Formis, assassinado pela Gestapo.
Manuel Hedilla, condenado a 30 anos de prisão pela Frente Popular Espanhola, condenado à morte pela reação franquista.
Francesco Mangiameli, assassinado pela polícia política italiana.
José Pérez de Cabo, assassinado pela reação franquista.
Haro Schultze-Boysen, condenado à morte e enforcado por ordem da reação hitlerista.
George Valois, morto em um campo de concentração.
Fritz Wolffheim, morto em um campo de concentração.
Francis Parker Yockey, assassinado pelo FBI.

E a todos aqueles que caíram pela causa do povo e da nação.

“Todas as forças revolucionárias dentro de um mesmo Estado estão ligadas invisivelmente, apesar de sua mútua oposição. A ordem é sua inimiga comum”. – Ernst Jünger

“Somos um pequeno grupo compacto, seguimos um caminho íngreme e difícil, segurando com força as mãos uns dos outros. Em todas as partes estamos cercados por inimigos, e temos que caminhar quase sempre sob fogo. Nos unimos em virtude de uma decisão tomada livremente, para combater o inimigo e não sucumbir ao lamaçal vizinho, cujos hóspedes, desde o começo, nos acusarem de ter formado um grupo separado e de termos preferido o caminho da luta ao caminho da reconciliação”. – Lênin

“É impossível justificar o nacionalismo no marco da sociedade capitalista. Hoje não pode haver nacionalismo, ou seja, consciência da continuidade viva da nação, que não seja simultaneamente revolucionário”. – Thierry Maulnier

“Não somos nem de direita, nem de esquerda, mas se precisamos ser situados em termos parlamentares, reiteramos que estamos a meio caminho entre a extrema-esquerda e a extrema-direita, por trás do presidente, de costas para a Assembleia”. – Arnaud Dandieu

“Ser de esquerda ou de direita é escolher uma das inúmeras maneiras que o homem tem de ser um imbecil; ambas são formas de hemiplegia moral”. – José Ortega y Gasset

Introdução

Um projeto nacional-revolucionário para a Europa comporta uma análise global da situação do mundo, que deve constituir a base de nossa estratégia e orientar nossas perspectivas.

Avaliação Internacional

Durante a última década a evolução do mundo se produziu de uma maneira realmente inesperada. O colapso do bloco comunista europeu e a desintegração da URSS, ocasionaram o quase desaparecimento dos países revolucionários do Terceiro Mundo. A Nova Ordem Mundial imposta pelo sistema, protagonizada pelo governo ianque, parece ter triunfado para um longo período e soube esmagar seus poucos adversários legitimando este esmagamento em nome da moral (Panamá, Iraque).

O desaparecimento do bloco comunista europeu não faz senão pressagiar, ao que parece, a generalização de uma economia liberal ou paraliberal (com todas as suas consequências: exploração, pobreza, desemprego, etc.) na totalidade da Eurásia.

O panorama é extremamente escuro, mas não devemos perder a esperança. Em primeiro lugar, a queda do comunismo nos demonstrou que nenhuma situação política, por fossilizada que pareça, é inevitável. Dois fenômenos de idêntica reação ligados à terra e ao sangue (os verdes e os nacionalistas) conservaram – ou reencontraram – no conjunto da Europa (ainda que também em outras partes do globo) o apoio de uma parte importante da população. Isso tem uma grande importância, ainda quando essas reações tem uma tendência a se dirigir a becos sem saída (nacionalismo reacionário ou chauvinista, integrismo religioso, etc.), pois um percentual nada desprezível da população se ocupa de valores próximos aos nossos, podendo assim obstaculizar a dominação do sistema.

Quem somos? Pelo que lutamos?


1 – Nosso Inimigo: O Sistema Ocidental

O sistema ocidental é o resultado de uma homogeneização ideológica a nível planetário. Os valores da sociedade de consumo, da democracia liberal e do espírito burguês se converteram na única referência política, ética e cultural mundial. Não há um “maestro oculto” ou uma “mão invisível que dirige”, mas castas dirigentes políticas, econômicas, religiosas, midiáticas, que defendem os mesmos conceitos ideológicos, bases de sua dominação. Estes conceitos são, ademais, aceitos (em maior ou menor medida, segundo o nível de desenvolvimento econômico de cada país) por um amplo setor da população, seja de maneira inconsciente, seja sob a influência dos meios de comunicação (desse modo a crença na “maioria silenciosa” ou no “país real” substitui o delírio político).

Se as primeiras manifestações da ideologia burguesa e consumista se remontam à Idade Média, e aumentam com as revoluções burguesas inglesas e francesas e com a declaração de independência americana, não obstante, a vitória total do sistema é muito recente. Trata-se, de fato, da colonização progressiva do conjunto do planeta pelos interesses ianques. Uma colonização às vezes militar, mas geralmente cultural, sob múltiplas formas: seitas neoprotestantes, produtos culturais dirigindo a ideologia ocidental (filmes, HQs, desenhos animados, fast food, etc.), elites do Terceiro Mundo formadas nas universidades ocidentais e adaptadas a seus valores e modo de vida, etc. O repentino colapso do bloco comunista fortaleceu notavelmente o poder do sistema ocidental, que é agora o único modelo possível.

Devem ser considerados como vetores do sistema todas as estruturas internacionais (ONU, FMI, Interpol, OTAN...), todas as empresas multinacionais, todos os governos do Grande Ocidente e todos os seus lacaios (incluindo os partidos políticos).

Ademais há que ser consciente de que a grande força desse sistema se baseia em sua infinita capacidade para recuperar seus adversários. A eventualidade de gratificações leva à reciclagem natural de alguns (os ex-maoístas do Rotary, por exemplo), os outros veem sua luta canalizada na direção de guetos políticos onde se organizam os protestos, desempenhando um papel de válvula de segurança e de reserva de provocadores e de espantalhos (essa é a triste sorte de quase todos os grupúsculos de direita ou de direita, que pode provocar que as forças de anulem graças à oposição dos extremistas...).

2 – Nossa História: Origens

Não é o momento de fazer um estudo profundo das origens históricas de nossa luta. Ainda quando tenha raízes mais profundas, pode-se dizer que aparece na Europa durante a segunda metade do século XIX com a fusão ideológica das correntes nacionalista e socialista-revolucionária. Consequentemente, somos os herdeiros ideológicos dos “bras-nus” de 1893, de Blanqui e de Proudhon, de Barres, da Cocarde e do Círculo Proudhon. Ainda que também dos “inconformistas dos anos 30”, de Valois, do hedillismo e do ramirismo na Espanha, do futurismo e dos manifestos de Verona e de San Sepolcro na Itália, assim como do nacionalismo revolucionário e do nacional-bolchevismo alemães. Na França, nossa corrente tomou forma – de maneira mais ou menos perfeita – em princípios dos anos 60, em organizações como a Federação Geral dos Estudantes Europeus, Jovem Europa, Organização Luta do Povo, Partido Comunitário Nacional Europeu e Partisans Europeus.

É evidente que nossa corrente doutrinária é universal e se encontra sob diversas formas em quase todos os países estrangeiros. Os exemplos mais conhecidos são a Argentina com o peronismo, e os países árabes com o nasserismo e o baathismo.

Nossas Propostas

A. Democracia

1 – Contra a democracia representativa

Politicamente, a forma de governo adotada pela sociedade ocidental é a “democracia” representativa: o “pluralismo” das facções, a partidocracia antipopular.

Parlamentarismo e eleitoralismo constituem os principais meios utilizados pelo sistema para neutralizar os movimentos de protesto popular. Mediante sua casta parasitária de intermediários políticos, o parlamentarismo alimenta a ilusão de uma possibilidade de “mudança” sem atacar o sistema em sua totalidade. As numerosas eleições organizadas pelo Estado não servem mais que para designar entre as diferentes facções aquelas que se encarregarão de assumir a direção oficial do regime.

O “pluralismo” e a “democracia” representativa são antes de tudo a ditadura fedorenta de um partido único: o partido do sistema que se estende da extrema-direita à extrema-esquerda do espectro político.

2 - Por uma democracia direta, total e descentralizada: o poder político, os meios de comunicação e a produção devem passar para as mãos do povo

Contra todos os totalitarismos, defendemos uma concepção popular do poder e de sua organização. Esta concepção se traduz na democracia direta que permite ao povo participar em todas as decisões e ser dono de seu destino, sem intermediários. Nada de soluções pela metade, a democracia direta deve ser total, em todos os níveis e devem envolver toda a população. Deve significar uma verdadeira descentralização das responsabilidades, das iniciativas e da direção das empresas, dos municípios e das regiões, e de todas as estruturas, tanto sociais como econômicas, que interfiram na vida do povo.

Pôr em questão a atual "democracia" usurpadora e prevaricadora não é rechaçar a democracia. O sistema conseguiu que seu modelo democrático seja sempre apresentado como o único modelo viável, enquanto não se trata de mais que um desvio da democracia autêntica. A democracia liberal ocidental é um meio de confisco do poder de decisão, execução e gestão por parte de uma oligarquia de costas para o povo. A democracia direta afirma, contra todas as oligarquias e todos os sistemas de opressão, a primazia da comunidade popular.

3 - Contra o sistema de partidos

Os partidos políticos atuais são, em sua quase totalidade, os ramos distintos de um partido único - o partido do sistema - que vai da extrema-esquerda à extrema-direita. A "democracia" representativa finge permitir que vários partidos se expressem e ceder a palavra ao povo (ou mais precisamente, representar a sua vontade, pois é a partir desta noção de representação quando se impõe o mecanismo de usurpação do poder), mas na realidade trata-se de um partido único que monopoliza o poder.

O sistema não é mais que uma forma de hegemonia oligárquica estrangeira sobre os interesses reais do povo. Os partidos políticos desempenham o papel de tela entre a vontade popular e o poder, distorcendo-a em sue proveito. Em uma verdadeira sociedade democrática o povo deve poder participar sem intermediários em todas as decisões que afetem a comunidade.

4 - Pela instauração de conselhos populares, pela autogestão e pela federação das comunidades

O modo de organização mais especificamente popular e democrático é o poder dos conselhos. Este tipo de organização política é conhecido na Europa desde o aparecimento dos indo-europeus e surge espontaneamente em cada período revolucionário.

O poder dos conselhos, que caminha a par com a democracia direta e a descentralização, deve se expressar no seio de toda a comunidade do povo mediante atos de decisão coletivos, que caminha lado a lado com a democracia direta e a descentralização, deve se expressar no seio de toda a comunidade do povo mediante atos de decisão coletivos e assembleias gerais cujos delegados, quaisquer sejam as estruturas afetadas, permanecem revogáveis por aqueles que os nomearam. Desta forma, não existe divórcio entre o poder político e a sociedade civil.

Os conselhos e as realidades sociais e territoriais que representam (empresas, universidades, comunidades, etc.) devem se federar livremente, tal como se autogerir de forma autônoma e solidária.

5 - Pela escolha democrática e pela revogabilidade imediata de todos os delegados políticos

A situação atual da sociedade mostra que a casta no poder não é realmente escolhida por todo o povo. Não há nenhuma sanção que castigue suas faltas, seus abusos e seus crimes.

O poder dos conselhos e a prática democrática direta impõem uma nova forma de direção e de delegação política e social: eleições democráticas reais, mandatos imperativos e revogabilidade imediata, em todos os níveis, de todos os delegados que haja; é isso que reivindicamos.

B. Socialismo

1 - Contra o capitalismo e a dominação burguesa

O capitalismo é a forma econômica antipopular por excelência. Sob qualquer de suas formas, o modo de produção capitalista é sempre o mesmo. Qualquer distinção entre um capitalismo nacional e um capitalismo internacional, ou entre um capitalismo francês e um capitalismo anglossaxão, deve ser rechaçada como raciocínio hipócrita. Quer seja sob formas liberais ou sob a forma, hoje em vias de extinção, do capitalismo burocrático de Estado, o capitalismo se baseia na exploração do homem pelo home, na submissão dos interesses populares, tanto coletivos como individuais, aos mecanismos do capital, às coalizões financeiras e ao sistema mercantil.

Os massacres, o terrorismo de Estado, a deterioração geral das condições de vida, assim como todas as explorações e alienações são manifestações inseparáveis de um capitalismo que alcançou o nível planetário de seu desenvolvimento.

O capitalismo gera o pensamento burguês, ou seja, a referência necessária ao dinheiro e a seu poder, seja qual for o nível de riqueza do "burguês".

Contra o capitalismo é necessário construir o verdadeiro socialismo. Este pressupõe obrigatoriamente uma democratização total da sociedade, a socialização dos meios de produção, a redistribuição da riqueza, a expropriação e o desmonte das coalizões financeiras antipopulares.

2 - Por empresas de porte humano e pela organização em conselhos dos trabalhadores

As empresas de tipo artesanal ou familiar, as cooperativas de produção, devem se converter em verdadeiras comunidades de trabalho.

As empresas de tipo capitalista devem ser geridas e dirigidas diretamente pelos trabalhadores organizados em conselhos. A emancipação dos trabalhadores da escravidão capitalista só pode ser levada a cabo pelos próprios trabalhadores.

Nas empresas, no seio da produção, em todos os locais de trabalho, a emancipação significa organização em conselho e o fim das concepções burguesas de trabalho.

Os diferentes responsáveis das empresas de grande porte devem ser escolhidos diretamente, em todos os níveis, pelos trabalhadores, e ser substituíveis em qualquer momento. As decisões que afetem à organização e as condições de trabalho devem ser tomadas pelos conselhos. Deve ser estabelecido um plano de produção, mas os trabalhadores devem poder determinar eles mesmos a política de sua empresa em matéria de fabricação, de divisão dos investimentos necessários e de remuneração econômica.

3 - Pela autogestão das empresas e dos organismos sociais

A organização dos trabalhadores em conselhos permitirá a autogestão de todas as empresas. Esta autogestão deve se estender igualmente a todos os organismos sociais.

Em contraposição à assistência social controlada pelo Estado-Providência, todos os organismos sociais deveriam poder se gerir e dirigir por seus contribuintes. Todos estes organismos deveriam, pois, se desnacionalizar e se libertar dos feudos estatais e sindicaus para passar às mãos dos trabalhadores. A propriedade, a gestão e a direção de todos os organismos sociais devem ser entregues ao povo.

4 - Por uma sociedade solidária e comunitária

Frente à sociedade de exclusão contemporânea (na qual cada vez mais setores da população se marginalizam e são ignoradas), convém contrapôr uma sociedade de integração, solidária e comunitária. O objetivo da democracia direta, da descentralização e dos conselhos é precisamente a integração de todos na vida da comunidade popular.

Nosso projeto comunitário se baseia na participação e rechaça a exploração. A realização deste projeto necessita de lutas e rupturas. É necessário denunciar o ilusionismo da "justiça social", termo utilizado usualmente para esconder posições reacionárias e para evitar pôr em questão de forma radical a ordem capitalista, a dominação burguesa e a sociedade de consumo. A realização do socialismo é inseparável da liquidação do capitalismo e da burguesia, tal como da promoção da autogestão, da criação de conselhos e da revalorização da consciência e das solidariedades comunitárias.

C. Libertação

1 - Contra a presença militar norte-americana na Europa

A política imperialista dos EUA afeta também a Europa, que está submetida, por meio da OTAN, a uma ocupação militar sob a aparência de "colaboração" militar. A OTAN é o bastão de mando da política imperialista ianque na Europa. Com a bênção da Aliança Atlântica, os EUA aceleraram sua produção de armas químicas, que constituem uma ameaça terrível para a população civil, armas que não duvidarão em utilizar caso necessário no território europeu, já que os EUA, potência talassocrática, estão seguros de não ter que enfrentar uma guerra em seu próprio território.

Ademais, a OTAN, esse instrumento de ocupação e de dominação ianque na Europa, é principalmente subvencionada pela Europa escravizada.

Os nacional-revolucionários exigem a expulsão de todas as tropas norte-americanas atualmente assentadas na Europa, a retirada da OTAN de todos os países europeus que formam parte dela, e o fim da colaboração militar com os EUA.

2 - Contra o neocolonialismo norte-americano

Os EUA não tem colônias oficialmente; nos mapas nenhuma fronteira marca os limites do império ianque. Não obstante, trata-se de um império de vocação mundial que baseia seu poder na coação, nas manobras, nos tratados militares, nas pressões econômicas e na chantagem armada. Neste império norte-americano o seu aliado natural e lógico, o Estado-Terrorista sionista, desempenha um papel primordial.

Quer seja a nível econômico ou a nível político, cultural ou militar, o imperialismo dos EUA é onipresente, diretamente ou por meio de seus espantalhos (o Partido Americano), da extrema-direita à extrema-esquerda.

O imperialismo ianque é a expressão ativa e brutal de um bloco formado junto ao capitalismo. Combater a um é combater o outro.

Os EUA são uma potência imperialista, uma potência de exploração e de colonização. Os interesses reais da Europa e de seus povos são fundamental e irremediavelmente incompatíveis com os dos EUA. Os partidários da unidade europeia devem estar convictos, se forem sinceros, da seguinte evidência: não poderá haver unificação europeia total e verdadeira sem uma prévia libertação, condição imprescindível para alcançá-la. A Europa se levantará contra Washington expulsando as tropas de ocupação, expropriando todas as multinacionais norte-americanas presentes em nosso solo que protegem do perigo os seus marionetes europeus.

3 - Por uma solidariedade ativa com todos os povos em luta por sua liberdade e sua soberania

A luta dos povos é uma luta de libertação. Qualquer luta de libertação nacional, social ou étnica, é essencialmente uma luta anti-imperialista, e todos os combatentes anti-imperialistas são solidários. Esta solidariedade dos povos oprimidos deve ser também a base de toda ação internacional dos nacional-revolucionários.

4 - Por uma frente quadricontinental contra o imperialismo

Palestina, Cuba, Panamá, Líbia, Granada, Iraque, Tibet... a luta dos povos contra o imperialismo é mundial. As frentes anti-imperialistas da América (inclusive as interiores dos EUA e do Canadá), da Ásia, da África e da Europa devem se unir de forma solidária e ativa frente ao inimigo comum.

Bases militares de ocupação, capitalismo explorador dos povos, lavagens cerebrais mediante meios de comunicação do sistema, dominação do dólar, despossessão cultural, exploração capitalista dos recursos naturais, burguesias e partidos colaboraiconistas, etc.: o imperialismo é um fenômeno mundial que deve ser combatido mundialmente.

Esta luta implica a revolução. A libertação dos povos não poderá ser levada a cabo se não por meio de grandes mudanças políticas, culturais, econômicas e militares. A Nova Ordem Mundial não pode ser realizada senão mundialmente com a união de todos os povos oprimidos. A revolução em um único país está condenada ao fracasso. A ruptura, tal como a luta, deve ser mundial.

5 - Pela autodeterminação e o livre acesso à independência das últimas possessões coloniais francesas

Frente ao imperialismo norte-americano e seu empreendimento de escravidão e desagregação dos povos, devemos reivindicar sem parar o direito dos povos. Os últimos vestígios do colonialismo francês devem poder acessar livremente a sua independência. Estes departamentos e territórios anexados e conservados mediante métodos mais ou menos violentos devem, se quiserem, poder se converter em nações livres e soberanas.

Temos que ir ainda mais longe, porém, e não duvidar em pôr em questão "a unidade sagrada" do artificial Estado-Nação francês, o mito da "república única e indivisível" que consagrou a opressão de demasiadas comunidades populares: Bretanha, Córsega, Provença, País Basco, Flandres, Catalunha, Occitânia, Alsácia, ainda hoje oprimidas por um Estado centralista, devem poder dispôr de um direito incondicional à autodeterminação e a reafirmar sem obstáculos suas identidades específicas.

D. Identidade

1 - Contra a nivelação mundial

O mundo ocidental-capitalista, submetido ao imperialismo norte-americano e à dominação da burguesa, é o pior inimigo dos povos. A dissolução de todas as identidades em uma nova ordem planetária significa a sua morte lenta. Ideologicamente, culturalmente e politicamente a "civilização" ocidental desenvolve uma estratégia de erradicação das culturas. Esta estratégia é o mundialismo.

O mundialismo é uma concepção reducionista do homem e da humanidade, prevista como uma futura classe mundial indistinta de produtores-consumidores (e, também, eleitores) a serviço do capital. O mundialismo é um comportamento econômico "liberal" e uniforme, que pretende reger como uma lei suprema dos comportamentos humanos. Este sistema econômico se baseia na superprodução e no superconsumo. O mundialismo é uma concepção do Estado, servilmente submetido aos interesses financeiros. O sistema mundial é o rolo compressor do capitalismo em escala planetária, e os Estados burgueses que o servem não são mais que suas engrenagens.

Não obstante, a uniformização mundialista não é inevitável. Qualquer povo pode rechaçar a uniformização, afirmar e defender a sua identidade e seus direitos à soberania. Escolher ser SI MESMO.

2 - Contra a imigração, nova forma de escravidão

A imigração é uma das consequências da dominação mundial do sistema mercantil: necessita-se de trabalhadores capazes de aceitar empregos por um salário miserável. Assim permitem manter os salários pouco elevados, diminuir a resistência dos trabalhadores autóctones e baratear os gastos sociais e de formação.

A imigração não é só a do Terceiro Mundo para os países ricos, mas inclui também os deslocamentos de população por motivos semelhantes no interior da Europa.

As agressões contra os imigrantes devem ser energicamente denunciadas. O inimigo não é o imigrante, mas o sistema capitalista que importa novos escravos. A expressão de ordem "viver e trabalhar no país" significa uma luta por uma repartição geográfica e harmônica dos meios de produção e por uma ajuda ao desenvolvimento dos países de onde saíram os imigrantes.

O retorno destes a seu país depende do respeito a seus idiomas, suas culturas, seus costumes e suas crenças. Eles devem ter autonomia religiosa, cultural e escolar.

Lutar pela integração é lutar contra os imigrantes, afirmar a superioridade da cultura ocidental sobre as suas e querer fazer deles um novo grupo de consumidores do grande Ocidente. Rechaçar esta integração significa dar nossa ajuda na defesa daquilo que são, pressupõe permitir que eles escolhem ser ELES MESMOS.

3 - Pela renovação de todas as identidades populares.

Lutar contra o mundialismo, pelas identidades populares, nos obriga a rechaçar as demagogias racistas e xenófobas. Situar-se na perspectiva de uma renovação de todas as identidades populares constitui o rechaço dos discursos de ódio contra "o outro". A ameaça mundialista afeta a todos os povos, e a todas as minorias, e a solidariedade dos povos e das minorias contra a nivelação mundial é tão vital como a solidariedade combatente anti-imperialista.

4 - Por uma Europa federal de povos e regiões

Nenhum projeto político, revolucionário ou não, pode levar a cabo a economia do desenvolvimento unitário europeu e da reorganização continental. Trata-se de saber conjugar uma indispensável unidade de espaço central necessário em toda independência real com o respeito a todas as identidades. A estrutura que melhor conjuga as aspirações democráticas, as necessidades da descentralização, a indispensável construção unitária e a consciência de identidade, é a estrutura federal do IMPÉRIO. O princípio essencial em que se baseia a organização federal é a coordenação de uma pluralidade de comunidades populares independentes e solidárias, de maneira que o poder europeu central exerça a sua autoridade particular unicamente nos temas estritamente indispensáveis para a manutenção da federação, enquanto que as comunidades populares federadas se encarregam do resto das tarefas (princípio da subsidiariedade). A atribuição ao pdoer central de todas as competências relativas à política externa e militar deve permitir que se considerem definitivamente caducas as fronteiras militares entre as diferentes comunidades populares.

A vontade de ver a Europa se constituir sob a forma de uma federação de povos e regiões se opõe às concepções antipopulares dos Estados-Nações centralistas. Se pôde representar, sob determinadas condições, uma força de grande valor qualitativo do ponto de vista revolucionário, na Europa contemporânea o Estado-Nação não representa mais que uma força política, econômica e militar que tenta homogeneizar definitivamente todas as comunidades existentes em seu território, mediante a submissão à nova ordem planetária. Isso se opõe à concepção federalista. Os atuais Estados-Nações ocidentais são, independentemente de suas aparências políticas respectivas, fundamentalmente totalitários, reducionistas e opressores. O federalismo se posiciona contra os Estados-Nações, pois estes não são mais que membros dominadores do sistema mundial.

E. Ecologia

1 - Contra a sociedade de consumo e sua lógica do esbanjamento

O sistema capitalista rege atualmente as economias de quase todos os países do planeta. O modelo universal de "desenvolvimento" é o da sociedade de consumo e de expansão industrial, sua lógica é a do esbanjamento, a alienação da população e a poluição do meio ambiente. Esta situação comporta, sem cessar, novos desequilíbrio que assumem um cariz cada vez mais dramático e inclusive inevitável.

Convém esquecer a noção de desenvolvimento quantitativo e de crescimento incessante, e adotar o princípio qualitativo. É necessário condenar por esta necessidade vital, entre outras, a noção de moda e de superconsumo, próprios das sociedades "avançadas" do Ocidente, que se encontram entre as maiores causas do esbanjamento. Se opôr à sociedade de consumo significa se opôr ao sistema mundial. Para o mundialismo, a sociedade de consumo é ao mesmo tempo um meio e um objetivo, posto que a padronização dos comportamentos não se realiza somente para submeter a população ao neocolonialismo cultural e econômico norte-americano, mas também para aumentar os lucros dos trustes multinacionais.

2 - Contra a exploração e a degradação dos recursos naturais e do meio ambiente

A atuação a favor das espécies animais e vegetais ameaçadas, a denúncia do esbanjamento e dos perigos do superconsumo, a melhora do nível de vida do povo, nos levam a questionar os atuais métodos de exploração dos recursos naturais.

Se insiste regularmente na crise que vive a agricultura no conjunto dos países do mundo. Por uma parte, se produz demasiado e os agricultos se arruinam pelo colapso dos preços e pela destruição dos excedentes. Por outra parte, não se produz o bastante e torna-se necessário encarar a fome. Todos estes desequilíbrios tem uma mesma origem: o modo de exploração industrial contemporâneo, a divisão internacional do trablaho, a organização capitalista mundial. Os teóricos liberais sempre explicaram àqueles que quiseram escutar, que era necessário modernizar os métodos agrícolas, favorecer o lucro, destruir as antigas estruturas agrárias consideradas arcaicas, se orientar na direção de um tipo único de produção com o fim de se adaptar à mundialização, efetuar uma reestruturação das terras, favorecer as grandes concentrações... Resumidamente, adotar o modo de exploração capitalista motivado pela busca do benefício a curto prazo e pelo sacrifício do interesse comunitário pelas supostas leis do mercado. O resultado já conhecemos: terras abandonadas, desaparecimento dos camponeses, em benefício dos trustes agrários, endividamento dos exploradores, destruição das paisagens rurais, poluição das águas subterrâneas devido à utilização excessiva de adubos e pesticidas inadequados para o ecossistema, desequilíbrio alimentício, interdependência econômica gerando escravidão política, etc. Nos países não-industrializados esta política conduziu à fome e à busca por matérias-primas.

Nossa posição é muito clara: não à exploração descontrolada dos recursos naturais. Não às concepções econômicas liberais - o primeiro objetivo da produção deve ser satisfazer as necessidades reais da população, ao invés de alimentar as multinacionais. Não à degradação do meio ambiente, pois a vida da população está ligada à qualidade de seu entorno, que garante sua saúde e seu futuro.

3 - Por uma nova administração da energia

O problema energético é um problema crucial que afeta o funcionamento de toda a sociedade. A França entrou há várias décadas em uma lógica nuclearização. O Estado francês tomou este rumo de tal maneira que somos atualmente superprodutores e este excedente deve ser exportado. Este mercado é muito lucrativo para os interesses financeiros, e a longo ou curto prazo conduzirá a uma situação crítica.

Uma atuação ecologista realista e eficaz deve exigir, ao invés de falar no desaparecimento puro e simples do nuclear, na redução e limitação deste, e cuidar de que não seja substituído por centrais térmicas, que também são extremamente contaminantes e destruidoras do ecossistema. Convém promover outras energias: a energia hídrica (evitando favorecer uma política de criação de grandes represas), a energia maremotriz, as energias solares e eólicas, as novas energias, etc. Estas medidas são importantes por sua aplicação a níveis precisos no marco de uma política de energia.

4 - Por uma ecologia global, democrática e revolucionária

Global: Porque nem o homem, nem o entorno, nem a vida em toda sua diversidade podem se isolar uns dos outros. Todos os elementos que formam parte de nosso mundo estão em interação constante, e sabemos que as modificações do equilíbrio ecológico afetam diretamente à vida da população, sua saúde e seu futuro.

Democrática: O povo deve participar completamente na luta contra as ameaças ecológicas. A informação deve ser geral, e a participação e o controle popular devem se constituir em norma.

Revolucionária: Porque a ecologia não está separada da sociedade. Qualquer atuação ecologista eficaz deve expressar uma crítica radical ao sistema. Este cria ameaças e desequilíbrios a nível criminal, razão pela qual atacar suas consequências não é suficiente; é necessário atacar, fundamentalmente, as causas.

F. Resistência

1 - Contra os velhos hábitos e as oposições inúteis que funcionam em benefício do sistema

Convém rechaçar categoricamente a falsa dialética direita/esquerda e tudo o que ela comporta como divisão de forças potencialmente revolucionárias, de ódios fratricidas, de confrontos inúteis, de submissão a regras estabelecidas pelo sistema para seu próprio proveito. Não somente, é necessário rechaçar estas falsas oposições, mas também qualquer relação com os velhos campos políticos burgueses.

2 - Para acabar com os dogmatismos que paralisam a atuação revolucionária

No campo radical da direita, as posições revolucionárias são inexistentes (não se pode afirmar que foram abortadas, já que evitaram desenvolvê-las). A extrema-direita é, por natureza, essencialmente reacionária e está bem integrada no sistema, do qual constitui uma das armas mais eficazes. Se fundamenta na negação da maioria das identidades comunitárias legítimas, no rechaço das lutas de libertação nacional (tanto na Europa como no Terceiro Mundo), na recusa em atacar concretamente o capitalismo e a ordem burguesa (que, às vezes, ataca verbalmente, mas que na prática defende), na glorificação da ordem estabelecida e da segurança, em um anticomunismo visceral extraído das realidades geopolíticas e sociais, no conformismo moralista, etc.

A capacidade revolucionária do bando oposto - a extrema-esquerda - foi neutralizada há muito tempo, tendo se misturado com a calúnia pseudo-fascista, com o apoio às formações políticas burguesas (social-democracia, colaboracionista e formações pseudo-progressistas), com as reivindicações sociais exclusivamente consumistas, com a difusão dos mitos do desenvolvimento e do subdesenvolvimento, consagrando a submissão do Terceiro Mundo à ordem capitalista mundial, inclusive no social-liberalismo e na apologia da subcultura norte-americana.

Extrema-Direita/Extrema-Esquerda = Chapeu Branco/Chapeu Vermelho. Os militantes revolucionários devem rechaçar totalmente a influência das alas extremas do sistema e qualquer assimilação com elas, assim como ter presente que seu único papel é o de cuidardas margens do sistema, de modo que possam desarticular todas as tentativas subversivas.

3 - Contra os partidos, por uma luta do povo, pelo povo e com o povo

A comunidade militante agrupada ao redor destas propostas se opõe à concepção de um partido apartado do povo, possuidor da verdade única e senhor da lei. Defende a atuação, enquanto agrupamento de homens e mulheres submersos na vida real e nas lutas populares. A criação de conselhos, a autogestão, a democracia direta, devem expressar a consecução direta e soberana do porvir comunitário pelo próprio povo.

4 - Por um apoio crítico a todas as atuações de oposição ao sistema

Em todas as partes, em qualquer momento, se levam a cabo atuações de oposição, conscientes ou inconscientes. A tarefa de todo militante revolucionário é dar seu apoio crítico a estas ações, coordená-las na medida do possível e favorecer o aparecimento e o desenvolvimento de um verdadeiro espírito de resistência.

5 - Pelo protesto de todo o sistema

As lutas concentradas em uma crítica particular do sistema formam parte da luta a empreender, mas devem sempre se situar em um marco geral, o de pôr em questão a totalidade do sistema. O capitalismo, o mundialismo, o imperialismo e as alienações que as acompanham formam um todo cujos elementos estão unidos por uma mesma lógica de opressão.

Por uma estratégia alternativa - Que revolução?

Já que nenhuma mudança revolucionária a curto ou longo prazo é previsível (ainda que, na verdade, ninguém esperava por uma revolução francesa em 1788 ou por uma revolução russa em 1913), é nosso dever agir para prepará-la. As forças conservadoras raciocinam a curto prazo e com a ilusão de uma expansão absoluta e mundial do sistema capitalista produtivista. As forças de mudança devem raciocinar a longo prazo, para preparar as transições e as mutações.

São possíveis dois esquemas: a queda do sistema a partir de dentro ou um confronto violento (estes dois esquemas podem se misturar para se converter em um só).

1 - Criar zonas liberadas para contribuir para a mudança da maioria cultural

Uma revolução "suave" pode significar uma mudança de maioria cultural, quer dizer, que uma população que já não se identifica com seu sistema o elimina como quem cospe um osso (é o que ocorreu recentemente em alguns países da Europa Oriental).

Esta situação pressupõe uma tarefa muito árdua e a criação de valores substitutivos. Para uma estrutura política e culturalmente de tipo ultraminoritário, como a nossa, o trabalho é enorme. Deve passar por:

- Uma propaganda intensiva para dar a conhecer nossa mera existência e nossas posições
- Um compromisso plural dos militantes nas lutas habituais (sindicatos, ecologia, regionalismo, etc.) que os conduza a serem reconhecidos como "cidadãos ativos".
- A criação de "zonas liberadas", verdadeiras vitrines de nossa concepção do mundo. Estas estruturas serão controladas por nossos membros, independentemente do tamanho.

2 - A partir de um pulmão exterior, exercer a ação revolucionária

Uma tomada de poder após um enfrentamento direto (um outubro NR ou uma "marcha sobre Roma") ou após uma guerra popular prolongada, não é previsível se não existir previamente um movimento político muito estruturado e dotado de grande poder, apoiado ademais por um Piemonte europeu (foi o Piemonte que unificou as armas e a diplomacia da Itália), ou por Estados extra-europeus que possam ser o pulmão exterior de tal atividade.

3 - Pelos contra-poderes e pela aliança dos dissidentes

A Nova Resistência tomou a opção de uma estratégia de contra-poder destinada à transformação das estruturas do regime. Para isso, a NR defende a constituição de uma Frente Unida Anti-Sistema e a criação, na medida do possível, de zonas liberadas e de utopias concretas. Desta maneira, a Nova Resistência permanece atenta às evoluções políticas internacionais suscetíveis de fazer aparecer um Piemonte ou um pulmão exterior.

Construir uma Frente Unida Antissistema

O movimento Nova Resistência não tem a exclusividade da oposição ao sistema e reconhece de bom grado a presença em diferentes setores cujos interesses são comuns de outras forças de oposição radicais ou mais moderadas: movimentos autonomistas, ecologistas radicais, militantes étnicos, combatentes anti-imperialistas, socialistas patrióticos, etc.

O objetivo dos dirigentes e militantes da NR deve ser, sob qualquer circunstância, velar pela criação pontual de Frentes Unidas Antissistema que materializam na luta a possibilidade de união dos verdadeiros contrários ao sistema. Esta vontade confirmada deve caminhar emparelhada à denúncia sem trégua de todas as formações reformistas que tentam moderar as lutas ou retomá-las para o bem do sistema.

1 - Por utopias concretas - Materializar nossa luta e criar zonas liberadas

Aqui e agora devem ser criadas zonas liberadas, econômica e culturalmente independentes, do sistema mercantil, federadas entre elas e que pratiquem a estratégia do rizoma. Estas zonas liberadas devem se basear em projetos de utopias concretas e de minúsculas revoluções: artesãos e pequenos comércios, cooperativas de produção, comunidades agrícolas, etc.

Sua rentabilidade financeira deve permitir uma independência das famílias e dos militantes, seu êxito deve servir de exemplo de que é um outro mundo é possível. Por último, estas estruturas devem constituir uma contra-sociedade ou um poder alternativo.

2 - Atuar para a criação de um Piemonte ou um pulmão exterior

A luta dos militantes nacional-revolucionários não fica delimitada em uma entidade geográfica ou administrativa concreta. Presente nas frentes de luta popular na França, o movimento Nova Resistência tem pensado, em caso de um fracasso, em atuar com as outras facções regionais da Frente Europeia de Libertação, para apoiar (seja na França ou exportando seus militantes, sem material ou seus fundos) a possível criação de um Piemonte ou de um pulmão exterior. As forças da NR devem poder se concentrar rapidamente nas docas frágeis do sistema, onde quer que estejam situadas. É por isso que a Nova Resistência dá uma importância prioritária às relações europeias e internacionais, e ao apoio ativo a todas as resistências antissistema no estrangeiro.