por Michael Polignano
“Você simplesmente tem medo de mulheres fortes!” Não consigo contar a quantidade de vezes que escutei esta acusação sendo lançada aos homens que rompem com suas namoradas depois de cansarem-se de suas posturas feministas e excêntricas.
Eu confesso: tenho medo de “mulheres fortes”. Há boas razões para não gostar delas e até mesmo para temê-las.
Vamos analisar a corrente definição de “mulheres fortes”. “Mulheres fortes” não são aquelas que podem erguer objetos pesados, carregar cestas em suas cabeças e assim por diante. “Mulheres fortes” não são aquelas que podem agüentar com dignidade as tristezas da vida e da morte. “Mulheres Fortes” não são aquelas que, além do fardo da maternidade, heroicamente assumem as responsabilidades dos pais que morreram, são disfuncionais, divorciados ou simplesmente ausentes.
Não, o que hoje se quer dizer com “mulheres fortes” é: mulheres que podem fazer qualquer coisa e tudo aquilo que um homem pode; tão bem quanto, ou até mesmo melhor e, desta forma, não precisam do homem. Como diz o ditado: uma “mulher forte” precisa de um homem tanto quanto um peixe precisa de uma bicicleta. (Certamente esta é uma das mais feias e estúpidas analogias que já atingiram o sublime status de cliché).
Mas é bom ser necessário: necessário emocionalmente, não somente para as tarefas físicas, como levar o lixo para fora, matar aranhas e abrir tampas de potes persistentes. Que homem em seu perfeito juízo preferiria; uma mulher que não precisa dele, ou uma que precisa? O único tipo de homem que prefere uma mulher que não necessita dele é aquele que também não necessita dela. Ela até pode ser útil a ele por um tempo, para o sexo, ou um companheirismo superficial. Mas, por que ele iria arriscar um comprometimento emocionalmente profundo – por que iria arriscar que necessitasse dela – quando ela constantemente insiste que, de forma alguma, precisa dele?
Homens são naturalmente promíscuos e eles vão colocar-se com “mulheres fortes” enquanto o sexo for bom. Mas os homens também são naturalmente românticos. Estou convencido de que os homens possuem sentimentos mais profundos por suas parceiras do que as mulheres têm pelos seus. (Mulheres reservam seus sentimentos mais profundos para suas crianças). Homens são desta forma, emocionalmente mais vulneráveis do que as mulheres e eles irão, naturalmente, ser cautelosos em comprometerem-se emocionalmente com as “mulheres fortes”, que são muito mais prováveis de colocá-los em um inferno emocional somente para provar quão “fortes” elas são. Por isso, é comum que “mulheres fortes” tenham parceiros, mas é incomum que estejam casadas.
É simplesmente falso, de forma plena, que as mulheres possam fazer tudo o que um homem faz, ou ainda melhor. Sim, há mulheres excepcionalmente fortes e homens excepcionalmente fracos. Mas, na média, os sexos diferem em formas incontáveis. Assim, é verdadeiro dizer que o homem comum pode ultrapassar a mulher comum em incontáveis atividades, assim como a mulher comum pode ter um desempenho melhor que o homem comum em incontáveis outras. Além disso, em qualquer casal, há sempre algumas coisas que o homem pode fazer melhor do que a mulher e outras que a mulher pode fazer melhor do que o homem.
Nunca conheci um homem que fosse obcecado em esmiuçar todas as coisas que sua namorada pensasse fazer melhor do que ele, para que pudesse provar a ela que estava errada. Somente sei de uma coisa: certamente eu não o chamaria de um homem forte. Além disso, posso imaginar que sua namorada se cansaria rapidamente de suas tentativas de ser melhor do que ela na cozinha ou no bordado. Depois de certo tempo, penso que ela iria achar ele um ser francamente desprezível. E quando ela finalmente acabar com ele, imagino que ele estará na porta da cozinha, de avental e preparando no forno o perfeito suflê, erguendo-o ao alto em triunfo e gritando, “Você simplesmente tem medo de homens fortes!”
“Mulheres fortes” são, na realidade, as mais inseguras, triviais e competitivas ao nosso redor. E estas são fraquezas, e não forças.
Nenhum homem quer uma mulher que constantemente compete com ele e procura por suas fraquezas. Os homens tornam a vida competitiva e insegura o suficiente para seus companheiros homens. Então, eles naturalmente querem que seus relacionamentos com as mulheres sejam paraísos livres do constante complexo de superioridade. Mas as “mulheres fortes” não permitem isso.
Outro problema com as “mulheres fortes” é que elas tendem a imitar concepções errôneas do comportamento masculino. Elas podem imitar a competitividade masculina, mas não as formas masculinas de camaradagem, cortesia e irmandade que dão à competição alguma humanidade. Como poderiam elas, quando todas estas virtudes comunitárias e suaves são associadas com a feminilidade que as “mulheres fortes” estão tão preocupadas em superar?
“Mulheres fortes” fazem-se irritantes pelo fato de que injetam competição onde ela não é bem vinda. Elas tornam-se ridículas porque inevitavelmente falham em algumas de suas tentativas para ultrapassarem seus homens. Elas tornam-se desprezíveis pelo fato de que chantageiam seus homens em deixá-las vencer algumas rodadas esperando que, talvez, eles tirem esta competitividade maldita de seu sistema.
O que é uma “mulher forte”? Uma criatura que abandonou as melhores características de seu próprio sexo em troca das piores características do outro. Isto é algo que deve ser temido.