25/03/2019

Aleksandr Dugin - A Quarta Teoria Política e o Logos Italiano

por Aleksandr Dugin

(2018)



A Quarta Teoria Política e o Tradicionalismo de Julius Evola

A publicação italiana de A Quarta Teoria Política tem uma grande importância para mim. Ela está acima de tudo ligada ao fato de que meus pontos de vista foram formados sob a influência decisiva da filosofia do tradicionalismo, da qual um dos pilares (ao lado de René Guénon) é o filósofo italiano Julius Evola. No geral, minhas opiniões estão totalmente baseadas no tradicionalismo, embora eu prefira não repetir as fórmulas e declarações de seus fundadores, mas, a partir de seus princípios, desenvolver concepções e teorias naqueles domínios que, por alguma razão, não eram prioridades para os fundadores do tradicionalismo. No entanto, precisamente o tradicionalismo está na base de todas as minhas investigações, em qualquer esfera que elas possam se relacionar: filosofia, religião, política, geopolítica, sociologia, relações internacionais, a história das civilizações e ideias, etc.

10/03/2019

Daniele Perra - Heidegger, Guénon e o Multipolarismo

por Daniele Perra

(2018)



É importante adiantar que aplicar as categorias do pensamento heideggeriano, tal como os estudos tradicionais de René Guénon, à geopolítica, é sempre uma operação extremamente complicada, arriscada e suscetível de possíveis mal-entendidos. Todavia a descendência direta da geopolítica da geografia sagrada e do próprio conhecimento sagrado, como bem ressaltado por Claudio Mutti, teoricamente poderia tornar este procedimento bastante fluido. É ademais importante sublinhar que tanto para a geopolítica quanto para a geografia sagrada o conceito de polo preenche um papel crucial, e que para ambos o espaço é mais importante que o tempo. Partindo deste pressuposto se pode desenvolver a ideia de multipolarismo (ou policentrismo) utilizando como pontos de referência dois modelos filosóficos que, apesar de distantes, mostram relevantes pontos de convergência. 

09/03/2019

Adriano Scianca - Morreu Guillaume Faye, o Homem que mudou o Pensamento Inconformista Europeu

por Adriano Scianca



(2019)

Com o falecimento de Guillaume Faye, morto à noite entre 6 e 7 de março, desaparece da cena metapolítica europeia um dos poucos intelectuais que verdadeiramente mudou o modo pelo qual todos nós pensamos, mesmo em relação aos que nunca o leram, mesmo em relação aos que o leram pensando de maneira diferente sobre tantos temas. Gravemente doente for algum tempo, cuidado por um punhado de camaradas devotados, Faye demonstrou até o fim mais interesse pelo mundo das ideias do que por si mesmo, mesmo às custas de negligenciar a própria saúde para poder continuar a escrever. Apesar de nunca o ter conhecido, nos últimos tempos eu tentei contatá-lo diversas vezes, escrevendo ao e-mail de seu sítio. Ele me respondeu uma primeira vez, concordando com uma entrevista. Mas, quando o havia enviado as perguntas por e-mail, havia declarado não ter recebido nada, pedindo que as enviasse novamente...por carta. Algo bastante singular para um profeta da tecnociência. Fiz uma segunda tentativa, com o fim de cooptá-lo para o Primato Nazionale, onde uma coluna fixa sua teria sido mais do que bem vinda. Não me respondeu mais, provavelmente porque já estava doente.

03/03/2019

Marzio Boni - O Carnaval: Festa da Tradição Europeia

por Marzio Boni

(2016)



Carros, festas de rua e festas infantis parecem ser suficientes para descrever e trazer à vida nas ruas o significado do carnaval. Diante disso, é necessário recuperar o significado desta festa, a mais atípica dos nossos tempos e que não tem significado religioso, ou civil, mas tem suas raízes na tradição das populações europeias mais antigas. Na Roma arcaica, temos exemplos de festas pré-carnaval que ocorreram no período do solstício de inverno ao equinócio de primavera. Em 15 de Fevereiro, realizava-se a Lupercalia, em honra do Deus silvestre Fauno Lupercus, onde os jovens (luperci - filhotes) envolviam o corpo com peles de animais sacrificados e cortavam outras peles em tiras e correndo e brandindo-as pela rua, açoitavam as pessoas que encontravam pelo caminho. As mulheres estéreis se submetiam aos golpes na esperança de recuperar sua fertilidade. Em 17 de março, por sua vez, se comemorava a Liberalia, festival dedicado a Baco, o Deus agreste da vida (representando a mutabilidade do ânimo exuberante e a energia fecundante da natureza), onde se pendurava pequenas máscaras em um pinheiro e e os cidadãos se abandonavam entre risos, canções e piadas.