por Margaret Kimberley
O Presidente Obama colocou nações inteiras em na sua lista de extermínio. Síria e Venezuela estão para se unir a Líbia e Iraque como Estados que foram forçados a cair, enquanto a Ucrânia é cooptada para a órbita UE-OTAN. "O projeto neoconservador para um novo século americano alcançou fruição plena sob um presidente democrata, que agora possui muitos cortes em sua arma".
A palavra imperialismo caiu em desuso em décadas recentes. Se ela parece levemente retrô, é apenas porque não há americanos suficientes comprometidos com dizer a feia verdade sobre seu governo.
Durante a era da Guerra Fria nos disseram que o comunismo aumentou em influência por efeito dominó, derrubando nações uma por uma e forçando-as a orbitarem Moscou ou Pequim. No século XXI há uma nova teoria dominó que coloca cada parte do mundo na mira americana.
Barack Obama teve sucesso em expandir a influência americana de maneiras que George W. Bush e Dick Cheney só poderiam sonhar. O projeto neoconservador para um novo século americano alcançou fruição plena sob um presidente democrático, que agora possui muitas marcas em sua arma. Ele e o resto dos líderes da OTAN deram início à trilha de destruição com a Líbia, arrasando com esse país sob a desculpa de salvá-lo.
Usando mentiras e seus servos na mídia corporativa, eles construíram um conto de um tirano e um povo ansiando por proteção. Esse sucesso maligno os incitou e aos seus aliados nas monarquias do golfo, fazendo com que eles decidissem que a Síria seria o próximo dominó.
O plano não funcionou tão bem quando Obama e o resto da equipa de assassinos corporativos pensou que iria. Quando o Parlamento Britânico disse "não" às novas aventuras militares, Obama foi deixado gaguejando na televisão nacional. Ele foi forçado a recuar de uma posição firme que ele havia assumido apenas poucos dias antes.
A reviravolta semi-cômica foi apenas temporária porque o monstro deve ser alimentado a todo custo. O sistema não pode mais se sustentar e a força bruta é a única saída. Não há nada de antiquado no imperialismo. Essa força malévola ainda está viva e vai bem.
George W. Bush fez esforços para derrubar a democraticamente eleita revolução bolivariana na Venezuela quando ele conspirou com a oposição contra Hugo Chávez. Obama está claramente mais comprometido com a violência que seu predecessor e ajudou a incitar venezuelanos de direita que querem se livrar de Nicolás Maduro. Maduro tem sido enfraquecido pelo protestos repentino e afora é forçado a diálogos com uma oposição que não ficará satisfeita até que também ele esteja morto.
O povo venezuelano votou por sua revolução diversas vezes. Os EUA, um país que nunca deixa de se dizer uma democracia, tem impedido sua vontade claramente expressa de novo e de novo. Mas essa é a essência de seu império, afinal.
Enquanto a força armada contra a Síria foi temporariamente bloqueada, o Ocidente, as monarquias do golfo persa, Israel, e os jihadistas não desistiram de seus esforços de derrubar o governo de Bashar al-Assad na Síria. A guerra selvagem deixou milhares de sírios sem casa e como refugiados famintos, tudo porque o império precisa de seu próximo dominó.
Não apenas os Estados Unidos interferem em seu próprio quintal, eles também interferem constantemente do outro lado do mundo na distante Ucrânia. O descontentamento popular contra o presidente daquele país se tornou um esforço bem sucedido de trazer aquele país para a esfera ocidental de influência econômica mas amarrado com horríveis fios de austeridade. A Ucrânia tem a escolha de falir ou ser resgatada e morrer uma morte lenta como a Grécia.
Enquanto as maquinações estavam em andamento, o Presidente Obama tentou afastar Vladimir Putin com ameaças de sanções. As cenas de protestos de rua violentos na Ucrânia serviram como um quadro fortuito para os EUA que reivindicou a infame "responsabilidade de proteger" que jamais protege ninguém que efetivamente precise de ajuda e que trouxe tanto sofrimento para pessoas ao redor do mundo. Cada invasão, ocupação e subversão em anos recentes pode ser colocada na conta dos EUA e seus aliados. O Iraque foi destruído de forma bem literal, o Irã foi destruído economicamente. A Líbia foi arrasada e a Síria está a beira de sê-lo.
Os EUA deixam claro bem abertamente que querem ter carta-branca para fazerem o que desejarem ao redor do mundo. Se a Rússia tenta usar sua influência, então ela é vilificada e caricaturizada como uma ditadura cruel controlada por um tirano. Não importa quantas eleições tenham sido vencidas por Chávez e agora Maduro, eles são chamados ditadores pela mídia americana.
Uma superpotência pode fomentar conflito em qualquer lugar que queira, onde quer que queira. Os venezuelanos devem desistir ou encarar o prospecto de mais revolta e violência. A Ucrânia deve se sujeitar a políticas econômicas que já se provaram desastrosas. Os EUA deixam suas digitais nesses e muitos outros lugares e essa é a essência do imperialismo. É tudo sobre controle com a força bruta mais crua à disposição.
Os EUA não tornaram a Venezuela nem qualquer outro país oficialmente uma colônia, mas eles não precisam fazê-lo. Eles só precisam demonstrar quem manda e os dominós cairão onde quer que eles queiram.