por Luca Valentini
(2016)
Para compreender plenamente as motivações que levam o que comumente se entende por "Frente da Tradição" a combater de todas as formas a concretização da globalização, é necessário focar nos fundamentos ou direções principais dessa operação hegemônica de massificação mundial. Ela representa a máxima expressão das lógicas mundialistas, a realização plena daqueles objetivos sociopolíticos que, há décadas, por meio das operações mais obscuras e astutas da política internacional e econômica, o diretório dos poderes fortes — das multinacionais, da usura — busca impor a toda a população mundial. Mas quais são esses objetivos sociopolíticos e com quais meios são perseguidos? A resposta a essas perguntas é fácil e difícil ao mesmo tempo: fácil, porque basta fazer uma análise, mesmo não muito aprofundada, do que nos cerca, de como está estruturada a sociedade da qual fazemos parte, para perceber que não vivemos mais em um mundo de homens livres, caracterizados por suas especificidades, diferenças e origens, mas em uma massa disforme de átomos indiferenciáveis; difícil, porque os centros de poder que gerenciam essa operação, graças à corrupção generalizada e à divisão dos meios de comunicação, da cultura e do mundo científico e artístico, criam as condições para que as mentes das multidões permaneçam em um nível de compreensão social e conhecimento cultural não superior aos padrões do Big Brother ou de uma telenovela sul-americana.