por Aleksandr Dugin
Em nosso Sacro Estado Grão-Continental, haverá três tipos (com variações e subtipos, bien sûr):
* filósofos-padres (clero)
* guerreiros heroicos reais (nobreza)
* trabalhadores-camponeses (povo)
Se você não se identifica em nenhum destes, não será incluído em nosso Estado.
Esta é a estrutura clássica da sociedade indo-europeia, que existiu a princípio e sempre (para sempre!) foi a verdadeira essência das ideias políticas das culturas europeias e indo-europeias da Eurásia.
Emergiu em tempos antigos, na antiguidade, na civilização do Mediterrâneo na Idade Média e até na patologia dos tempos modernos (de formas distorcidas). Nós lidamos com paródias – precisamos de um Sacro Império.
Em sua cabeça, o sacro basileu, o Grande Monarca.
Veja bem, todos hoje apresentam projetos utópicos e não hesitam em executá-los. Como a parada gay mundial com seres pós-humanos possuídos pela moeda virtual e pela vida física eterna (liberais). Como o califado global (wahhabis). Como o centro do mundo messiânico em Israel alimentando a mão de ferro ger-toshav (sionistas). (NT: “ger-toshav”, do hebraico, “estrangeiro residente”, é o não judeu que habita Israel e segue a lei judaica) Os “realistas” e os partidários do status quo (isto é, nada acontecerá e tudo ficará assim como de costume, sem sentido – tudo sempre foi diferente e depende do que nós como seres humanos livres queremos no íntimo de nossos corações) grunhem em todo o absurdo – nada mais utópico que o desejo de preservar tudo que existe no momento. De qualquer forma, somos guiados por grandes projetos.
Por que deveríamos nós, tradicionalistas e conservadores essenciais, por trás da fachada de nossos planos e projetos de cálculos frios (ninguém acredita em nós de qualquer maneira)? Assim, é possível falar abertamente: nosso objetivo é o Império Indo-Europeu – de Vladivostok a Dublin. Sob a bandeira de Cristo e do Grande Monarca. O Império do Povo, liderado pelos sábios e pelos corajosos. Mercadores e estrategistas políticos, oligarcas e usurários não existirão aqui.
Todo aquele que não gostar pode fundir-se em outras asquerosas, em minha opinião, utopias.
A Grande Ucrânia é uma tolice, irrealizável, rancorosa, invejosa, baseada no ressentimento como ideia nacional. Mas a Grande Rússia não é uma tolice. Ela foi e ela será. Nossas terras encolhem, e – como a primavera – se expandem. Como sempre. Assim bate o coração da Rússia. Em 1991, mais uma vez encolhemos. Com a Ossétia, com a Abecásia, e, principalmente, com a Crimeia e com a contagem regressiva da Novorrússia, é hora do Império. Muitos de nós querem nos deter, mas não conseguirão. Estamos construindo uma nova sociedade em geral, um Estado diferente do que temos agora. Deste estado de transição não será deixada pedra sobre pedra, como não se deixou pedra do Império Russo e, depois, da União Soviética. E não vamos para trás, vamos para frente. A eternidade não está no passado, ela sempre está no presente, e, o mais importante – no futuro. Toda eternidade está adiante. Esta é a verdadeira vanguarda.
O Sacro Império Indo-Europeu do fim, eis nosso verdadeiro futuro. E a confusão de agora se dissipará como fumaça.
A Rússia retorna à história e construirá uma nova Rússia, imperial e absoluta. Novorrússia.