"Anos atrás eu li Spengler. Por anos eu tenho visto suas previsões lentamento se desdobrarem na Nova Zelândia diante dos meus olhos, toda vez que eu leio o jornal ou mesmo levo o cachorro para passear na rua e vejo vidro quebrado brilhando no chão, testemunhoa dos selvagens bastardos que vagueiam ensandecidos sem pensar em ninguém ou qualquer coisa além de sua auto-gratificação imediata. (E o quê se pode pensar daqueles cidadãos mais respeitáveis que não conseguem nem chamar para si a responsabilidade de se incomodarem o bastante para limparem os cacos de vidro de suas próprias calçadas, presumidamente com a desculpa de que não foram eles que fizeram isso?)
Eu reconheço a miríade de maneiras tais como essas mencionadas que em agregado estão soletrando as palavras: decadência cultural e social. Algumas das coisas sobre as quais escrevo acima podem parecer triviais (...), porém, todas de alguma maneira refletem a Nova Zelândia como um microcosmo da Civilização Ocidental em seu dilema cíclico, como previsto por Spengler.
Porém, apesar de todo o pessimismo, onde há Vontade há esperança; onde há uma fagulha pode um dia haver um fogo purificador. O mínimo que podemos fazer é seguir o conselho de Evola e 'cavalgar o tigre'.
Eu simplesmente não gosto do quê vejo que está acontecendo, e não sou inclinado a ficar calado. Eu não acredito em recuar por qualquer razão, nem acredito que os bastardos que estão devastando nossa civilização devem ser permitidos a proceder sem serem chamados a responder por isso. Como eu não sou um grande pintor, músico, poeta, organizador ou orador, eu posso ao menos rascunhar meus pensamentos e tentar colocá-los 'lá fora' para qualquer que possa se dar ao trabalho de lê-los, quer sejam aceitos ou não, úteis ou inúteis. É parte de quem eu sou, e sempre será."
(Kerry Bolton, Trecho de "Por quê escrevemos?")