"A consciência nacional e a consciência revolucionária separadas, erigidas frente a frente, não constituem, uma com melhor título que a outra, as forças dialéticas da criação do futuro, são tão somente estéreis produtos de uma sociedade que morre. A consciência nacional se faz conservadora, quer dizer, associa estupidamente ao esforço para perpetuar a realidade nacional, o esforço para conservar nela o poder das forças que a destroem; a consciência revolucionária se torna anti-histórica e anti-nacional, quer dizer trabalha para aniquilar o que quer liberar. As mesmas palavras 'nacional' e 'revolucionário' tem sido até ponto desonradas pela demagogia, a mediocridade e o verbalismo, que são já recebidas na França com uma indiferença bastante parecida ao desgosto. O problema consiste hoje em superar esses mitos políticos fundados sobre os antagonismos econômicos de uma sociedade dividida; em liberar o nacionalismo de seu caráter burguês e a revolução de seu caráter proletário; em interessar de uma maneira orgânica e total a Nação na Revolução, já que só a Nação é capaz de levá-la a cabo; em interessar igualmente a Revolução na Nação, já que só a Revolução pode salvá-la."
(Thierry Maulnier)