01/07/2011

Decadência do Indivíduo

"Encontramo-nos diante da própria lei que domina toda a cultura e a sociedade de hoje: no plano inferior, o orgamos industrializador, os meios que convertem-se em fins, a mecanização, o sistema dos determinismos econômicos e materialistas aos quais a ciência marca o ritmo - conectado com o arrivismo, a corrida para o êxito de homens que não vivem, mas sim são vividos - e, no limite, os novíssimos mitos do "progresso indefinido" sobre a base do "serviço social" e do trabalho convertido em fim em si mesmo e dever universal; sobre o plano superior, o conjunto das doutrinas fáusticas, bergsonianas e do devir (...) Não é ação, mas sim febre de ação. É o correr vertiginoso daqueles que foram arrojados fora do eixo da roda e cuja corrida era tão mais louca quanto maior era sua distância do centro. Tanto esta corrida, como a dependência das leis sociais no âmbito econômico, industrial, cultural e científico são inevitáveis, fatais em tudo e por tudo, na ordem interior das coisas que criaram, uma vez que o indivíduo tenha tornado-se alheio e exterior a si mesmo, uma vez que com o sentido da centralidade, da estabilidade e da suficiência interior tenha perdido o sentido do que constitui verdadeiramente o valor da individualidade. A decadência do Ocidente procede inquestionavelmente da decadência do indivíduo como tal."
(Julius Evola)